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09 abril 2025

Efeito da frequência de monitoramento

Eis o resumo


Ao avaliar atributos em mudança (por exemplo, produtividade no trabalho, níveis de poluição), os observadores se preocupam não apenas com o nível do atributo, mas também com sua taxa de mudança. Dois funcionários provavelmente terão valores diferentes aos olhos de um supervisor se levarem tempos distintos para concluir o mesmo trabalho. 

Dez estudos no artigo principal (e cinco nos Materiais Suplementares) documentam e exploram um efeito da frequência de monitoramento (MFE, na sigla em inglês): o progresso é percebido como mais lento na medida em que é monitorado com maior frequência. 

Esse efeito foi observado em diversos domínios (ambiente de trabalho, saúde pública, meio ambiente, investimentos, crescimento físico) e mostrou-se robusto mesmo diante de incentivos financeiros que estimulavam a precisão. Vários fatores foram identificados como influenciadores das preferências por monitorar alvos com mais ou menos frequência. 

Os participantes também demonstraram preferências sobre com que frequência gostariam de ser monitorados; essa investigação revelou diretamente a natureza contraintuitiva do MFE. Embora o MFE tenha se mostrado consistente em todas as variantes testadas, seu tamanho dependia da forma como as informações sobre mudanças no atributo eram apresentadas. 

Duas explicações mecanicistas foram testadas — uma baseada em vieses de memória para informações monitoradas e outra na falha em sintetizar essas informações de forma normativa. Apenas esta última foi confirmada. 

A discussão foca em como o MFE complementa ou apenas contradiz superficialmente trabalhos anteriores sobre aversão à perda míope, viés de proporção, dependência da partição e acompanhamento do progresso de metas. 

O MFE identifica uma forma qualitativamente distinta pela qual avaliações e crenças anteriores podem influenciar avaliações de alvos, reforçando assim até mesmo premissas equivocadas.

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