O problema das redes sociais é que as pessoas que amamos e com quem queremos interagir estão presas em jardins murados. O mecanismo de sua prisão são os "custos de mudança" para sair. Nossos amigos e comunidades estão em redes sociais ruins porque amam uns aos outros mais do que odeiam Musk ou Zuck. Deixar uma plataforma social pode custar o contato com familiares no país de onde você emigrou, um grupo de apoio formado por pessoas que compartilham sua doença rara, os clientes ou a audiência dos quais você depende para seu sustento, ou simplesmente os outros pais que organizam o jogo da liga infantil do seu filho.
Hipoteticamente, você poderia organizar todas essas pessoas para saírem de uma vez, irem para outro lugar e reestabelecer todas as suas conexões sociais. Na prática, o "problema da ação coletiva" torna isso quase impossível. É nisso que os donos das plataformas apostam – é por isso que sabem que podem tornar seus serviços piores sem perder usuários. Enquanto a dor de usar o serviço for menor do que a dor de deixá-lo, as empresas podem apertar o cerco e tornar a vida dos usuários pior para extrair mais lucro deles. É por isso que Musk eliminou o botão de bloqueio e por que Zuck demitiu todos os seus moderadores. Por que arcar com o custo de fazer algo bom para os usuários se eles continuarão na plataforma mesmo que você reduza drasticamente a equipe e/ou o processamento caro?
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Imagine que você seja um profissional que tem uma conta no Instagram. Uma mudança nas políticas da plataforma pode fazer com que você perca um grande número de clientes. O que você pode fazer? Nada.
O custo de saída também é conhecido como switching cost (custo de mudança), decorrente do efeito rede.
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