Contexto
Os chatbots de inteligência artificial (IA) são programas computacionais inovadores capazes de gerar textos ou conteúdos em linguagem natural. Os editores acadêmicos estão se adaptando ao papel transformador dos chatbots de IA na produção e facilitação da pesquisa científica. Este estudo teve como objetivo examinar as políticas estabelecidas por editores acadêmicos das áreas científica, técnica e médica para definir e regulamentar o uso responsável de chatbots de IA pelos autores.
Métodos
Este estudo realizou uma auditoria transversal sobre as políticas publicamente disponíveis de 162 editores acadêmicos, indexados como membros da Associação Internacional de Editores Científicos, Técnicos e Médicos (STM). A extração de dados das políticas disponíveis nas páginas da web dos editores foi realizada de forma independente e em duplicata, com análise de conteúdo revisada por um terceiro colaborador (setembro de 2023 – dezembro de 2023). Os dados foram categorizados em elementos de política, como "revisão de texto" e "geração de imagens". Foram contabilizados e expressos em porcentagens os casos em que a política permitia o uso ("sim"), proibia ("não") ou não fornecia informações disponíveis ("NAI") para cada elemento.
Resultados
Um total de 56 dos 162 editores acadêmicos da STM (34,6%) possuíam uma política publicamente disponível orientando o uso de chatbots de IA pelos autores. Nenhuma política permitia a atribuição de autoria a chatbots de IA (ou outras ferramentas de IA). A maioria (49/56 ou 87,5%) exigia a divulgação específica do uso de chatbots de IA. Quatro editores impuseram uma proibição completa ao uso de chatbots de IA pelos autores.
Conclusões
Apenas um terço dos editores acadêmicos da STM possuíam políticas publicamente disponíveis até dezembro de 2023. Uma nova análise de todos os membros da STM dentro de 12 a 18 meses pode revelar abordagens em evolução para o uso de chatbots de IA, com um número maior de editores adotando políticas específicas.
Fonte: Policies on artificial intelligence chatbots among academic publishers: a cross-sectional audit. Foto: aqui
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