Um tribunal da Inglaterra considerou que as Transações com Partes Associadas (APT, na sigla em inglês) são “nulas e inexecutáveis“. As APT são regras que regulam e impedem que patrocínios de empresas de mesmo dono que os clubes sejam inflacionados acima do valor de mercado.
Elas foram criadas pela organização do campeonato em 2021 (e atualizadas em fevereiro de 2024) como uma resposta à aquisição do Newcastle pelo Fundo Soberano da Arábia Saudita, mas atingiram também os Citizens, que pertencem à família real de Abu Dhabi e tiveram dois contratos publicitários recusados por conta das novas normas.
Os azuis de Manchester protestaram contra as regras pela primeira vez em 2023 (ano que viu os patrocínios da Etihad Airways e da First Abu Dhabi Bankcom bloqueados pelo sistema) e repetiram em novembro do ano passado, quando discordou novamente das mudanças que a liga efetuou nas ATP.
O triunfo de hoje significa que a Premier League seguiu normas ilegais por três anos, entre dezembro de 2021 e novembro de 2024, exatamente o que pensava o City, que chegou a definir as medidas como anticompetitivas, preconceituosas contra proprietários do Golfo Pérsico e uma “tirania da maioria”.
Neste contexto, a organização do Campeonato Inglês pode ser processada para ressarcir qualquer time inglês que teve um acordo publicitário negado ou subvalorizado no período. A liga ainda corre o risco de pagar todos os custos do processo, avaliado em 20 milhões de libras (R$ 143 milhões).
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