Translate

23 fevereiro 2025

Com o governo Trump, PCAOB perde força


Nos Estados Unidos, o escândalo da Enron, no início do milênio, resultou na criação do PCAOB. Basicamente, a nova entidade deveria funcionar como reguladora e fiscalizadora das empresas de auditoria, sendo uma reação do legislativo aos problemas contábeis de então.

O PCAOB iniciou um trabalho de impor regras às empresas e de fiscalizar a qualidade do trabalho realizado. Apesar do aparente poder, é importante destacar que o PCAOB é subordinado à SEC, a comissão que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos. Mais de vinte anos depois, o órgão alcançou algum poder e obteve certos feitos. Nesse período, impôs regras, mas também sofreu reveses, como no caso de ex-funcionários que deixaram a entidade para trabalhar — e revelar planos de fiscalização — em uma grande empresa de auditoria.

Em novembro de 2024, o PCAOB sentiu-se forte o suficiente para impor regras no mercado, buscando obter informações sobre os recursos humanos na área de auditoria. Naturalmente, as empresas de auditoria não ficaram satisfeitas, mas as regras precisavam ser aprovadas pela SEC.

Com a chegada de Trump ao poder, parece que medidas como essa tornaram-se impopulares entre os detentores do poder. Antes de serem analisadas pela SEC, as mudanças propostas pelo PCAOB foram retiradas, sem qualquer explicação ou justificativa.

O caso do PCAOB evidencia que impor regras rigorosas enfrenta desafios políticos e regulatórios. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário