Pode parecer surpreendente, mas há uma certa lógica nessa ideia. Durante o Império Romano, o chumbo era amplamente utilizado em diversas aplicações, incluindo a produção de moedas que movimentavam a economia. Os romanos também empregavam esse material em aquedutos, utensílios de cozinha e até como adoçante para vinho.
O declínio do Império Romano foi resultado de vários fatores, como a expansão militar excessiva, a corrupção política, a instabilidade social e os constantes ataques de tribos vizinhas. Contudo, é possível que outro elemento tenha desempenhado um papel nesse processo: o envenenamento por chumbo.
Uma pesquisa recente (via aqui), publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, analisou amostras de gelo do Ártico que cobrem o período entre 500 a.C. e 600 d.C., coincidente com a ascensão e queda de Roma. As emissões de chumbo geradas pela atividade humana ficaram registradas no gelo. Por meio de uma modelagem sofisticada, os cientistas descobriram que o pico de poluição ocorreu por volta de 180 a.C. Esse nível de contaminação pode ter causado uma redução estimada de 2 a 3 pontos no QI médio da população da época.
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