Uma disputa entre Elon Musk e a SEC pode trazer consequências significativas para o regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos. Em 2022, Musk adquiriu o Twitter, uma transação envolta em controvérsia. Onze dias antes de anunciar sua intenção de compra, Musk iniciou a aquisição de ações da empresa, que na época estavam com um preço mais baixo. Após o anúncio, o valor das ações subiu, causando prejuízo aos acionistas que venderam suas participações durante o intervalo entre o início do movimento de compra e o anúncio oficial. O valor total da aquisição, estimado em 44 bilhões de dólares, evidencia a magnitude dos recursos envolvidos. Estima-se que, durante o período em questão, 150 milhões de dólares em ações tenham sido adquiridos.
Em 2025, dois eventos marcaram o cenário. Primeiramente, Musk assumiu o papel de aliado de destaque do presidente eleito Donald Trump. Além disso, a SEC abriu um processo acusando Musk de cometer crimes contra o mercado de valores mobiliários.A SEC, um regulador que preza por sua independência, não apenas busca aplicar uma multa, mas também exige que Musk devolva os ganhos obtidos nos 11 dias que antecederam o anúncio da compra. No entanto, a liderança da SEC deve passar por mudanças em função de uma indicação feita por Trump. O próximo comandante da agência é uma figura respeitada pelo mercado.
É importante lembrar que, durante o primeiro mandato de Trump, o então líder da SEC, Jay Clayton, processou Musk. Contudo, na época, o bilionário não tinha uma relação tão próxima com Trump como agora. Esse novo alinhamento político pode levar Musk a apoiar medidas que prejudiquem a agência, talvez em um ato de retaliação.
Fonte: DealBook. Imagem: Tio Patinhas
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