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26 janeiro 2025

Recuo na contabilidade ambiental?


Com a mudança na liderança da maior economia do mundo, houve uma alteração na sinalização de prioridades em relação às mudanças climáticas. Esse impacto já está sendo sentido na área financeira. Um texto da Fortune informa que grandes instituições bancárias, além de fundos de investimentos, estão recuando no apoio a políticas voltadas para pressionar empresas a reduzirem suas emissões.

Um exemplo desse recuo é a saída de seis das maiores instituições bancárias da Net Zero Banking Alliance, incluindo JPMorgan e Goldman Sachs. O maior gestor de fundos de investimento do mundo, a BlackRock, que no passado foi um dos grandes impulsionadores de políticas de pressão contra empresas poluentes, também tomou uma atitude semelhante.

Há menos de quatro anos, bancos, gerentes de ativos e seguradoras clamavam para mostrar suas credenciais verdes, aderindo a iniciativas globais que buscavam acelerar a ação climática. Na COP-26, a cúpula climática das Nações Unidas em 2021, a Glasgow Financial Alliance for Net Zero foi apresentada para reunir empresas que controlavam coletivamente US$ 130 trilhões (R$ 783 trilhões) em ativos. Ela se tornou um grupo de alianças net zero com requisitos que não eram muito rigorosos para permitir o maior número possível de membros.

Para a contabilidade, essa mudança pode significar uma redução no ritmo das propostas de tratamento da questão ambiental. A Fundação IFRS criou uma entidade, o ISSB, exclusivamente para lidar com esse tema. No Brasil, o Conselho Federal de Contabilidade também estabeleceu um comitê para adotar os pronunciamentos da IFRS no país. Atualmente, já existem dois pronunciamentos, originados das entidades que precederam o ISSB, com data prevista para entrar em vigor.

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