Segundo um artigo recente de Olivier Coste e Yann Coatanlem, dois investidores franceses, essas respostas perdem o ponto central: o motivo pelo qual mais capital não é direcionado para ideias de alto risco na Europa é que o custo do fracasso é alto demais.
Coste estima que, para uma grande empresa, realizar uma reestruturação significativa nos EUA custa à companhia aproximadamente dois a quatro meses de salário por trabalhador. Na França, esse custo médio é de cerca de 24 meses de salário. Na Alemanha, 30 meses. No total, Coste e Coatanlem estimam que os custos de reestruturação sejam aproximadamente dez vezes maiores na Europa Ocidental do que nos Estados Unidos.
Considere um exemplo simples. Duas grandes empresas estão avaliando se devem ou não buscar uma inovação de alto risco. A probabilidade de sucesso é estimada em uma chance em cinco. Se tiverem sucesso, elas obtêm um lucro de $100 milhões, e o investimento custa $15 milhões.
Uma das empresas está na Califórnia, onde, se a inovação fracassar, o custo da reestruturação é de $1 milhão. A outra empresa está na Alemanha, onde a reestruturação é 10 vezes mais cara, custando $10 milhões (uma estimativa conservadora).
O valor esperado desse investimento na Califórnia é um lucro de $5 milhões. Na Alemanha, o valor esperado é um prejuízo de $3 milhões.
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