Eis o resumo em português:
Este artigo investiga a existência de disparidades raciais na disseminação de ideias, utilizando a rede de citações de artigos em economia. Com base em um conjunto de dados abrangente de mais de 330.000 publicações entre 1950 e 2021, combinado com dados coletados manualmente dos currículos de milhares de economistas, documentamos que artigos de autores não brancos (negros, hispânicos ou asiáticos) recebem de 5,1% a 9,6% menos citações do que aqueles de autores brancos. A diferença nas citações persiste, ou até aumenta, com o avanço na senioridade do autor e nos indicadores convencionais de qualidade, sendo especialmente pronunciada para autores negros. Além disso, artigos de autores não brancos têm menor probabilidade de atuar como pontes de citação e são menos frequentemente citados por artigos altamente citados, conforme medido pelos índices de centralidade, o que limita tanto sua influência direta quanto indireta. Nossa análise indica que essa disparidade não pode ser atribuída a diferenças na qualidade da pesquisa, habilidade do autor ou visibilidade. Em vez disso, ela é amplamente impulsionada pela homofilia nos padrões de citação e por clusters raciais nas redes, onde estudiosos tendem a citar autores do seu próprio grupo racial. Esses resultados podem ser explicados por um modelo teórico simples, no qual os custos de citação e as preferências no processo de revisão por pares influenciam o comportamento de citação. Em seguida, apresentamos evidências sugestivas de que a redução de fricções informacionais — diminuindo, assim, o custo de citação — poderia reduzir a lacuna racial nas citações em até 50%. Finalmente, usando processamento de linguagem natural, destacamos a complementaridade entre grupos raciais na pesquisa e discutimos as potenciais perdas causadas pelas barreiras raciais na difusão de ideias.
Eis um trecho da Tabela 1:
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