Nos dias atuais sabemos então que o método das partidas dobradas apareceu nas cidades italianas até 1300. Regularmente aparecem algumas pesquisas e artigos tentando reescrever a história, indicando de talvez o método tenha sido criado em outro local e em outra época. Iremos tratar disso em outra postagem. Mas por enquanto vamos recuperar uma figura importante para o nosso conhecimento atual da história da contabilidade. Iremos falar um pouco sobre Arrigo Castellani (foto).
Segundo informações da Wikipedia italiana, Castellani nasceu em Livorno, em 1920 e faleceu em Florença em 2004. Ele foi linguista e filologo italiano, que depois da segunda guerra obteve o segundo curso de graduação, o primeiro foi em direito, na área glotologia (estudo das línguas humanas). Seu trabalho final foram os relatos históricos do início do século XIV. Depois disso, pesquisou e ensino sobre história da idade média. Entre 1952 a 1967 trabalhou na Universidade de Freiburg. Depois na Itália, sendo que a partir de 1974 em Florença.
Seu papel na história da contabilidade foi na edição crítica de antigos textos toscanos. O livro Frammento d'un libro di conti di banchieri fiorentini del 1211 (Fragmento de um livro de contas de banqueiros florentinos de 1211) inclui documentos relevantes. Outra obra seria Il registro dei crediti e pagamenti di Maestro Passara di Martino da Cortona 1315-1327. Segundo a Wikipedia, “suas obras são um excelente exemplo de um método crítico e são marcadas pela precisão, riqueza, clareza de exposição e também elegância”.
Castellani, juntamente com outros autores, foi então responsável por deixar o legado de documentos onde fica claro que as partidas dobradas se desenvolveu, no máximo, até 1300. Ele não foi pioneiro. Antes dele, Pietro Santini trouxe a transcrição de fragmentos de um livro-razão bancário de 1211. O grande material existente nos dias de hoje de documentos contábeis de Florença decorre, em parte, devido as transcrições meticulosas que ele fez de muitos textos florentinos existentes até 1300. O rigor de Castellani não deixou de fora os monótonos livros contábeis da época.
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