A renomada fabricante suíça de chocolates Lindt & Sprüngli enfrenta uma ação coletiva nos EUA após testes detectarem níveis elevados de chumbo e cádmio em algumas de suas barras de chocolate amargo. A empresa, conhecida por cobrar preços premium baseados em sua promessa de "excelência" e "ingredientes mais finos", tentou se defender afirmando que tais declarações nas embalagens eram meramente "hipérboles publicitárias" — uma forma de exagero que, segundo ela, não deveria ser levado ao pé da letra.
Essa estratégia foi rapidamente descartada pelos tribunais, que rejeitaram a moção da Lindt para encerrar o caso. De acordo com o tribunal, propaganda exagerada refere-se a afirmações infladas e vantajosas nas quais nenhum consumidor razoável confiaria plenamente. No entanto, a corte considerou que os consumidores podem, sim, ter sido enganados, especialmente porque a imagem de qualidade é o principal fator que sustenta as margens de lucro elevadas da Lindt, conforme observado pelo jornal suíço Le Temps.
A controvérsia envolvendo a Lindt & Sprüngli destaca importantes aspectos relacionados à contabilidade, especialmente no que tange à transparência e à gestão de riscos corporativos. Para mensuração contábil, a ação poderia impactar os ativos intangíveis e o resultado, já que elevadas margens da empresa poderão ser reduzidas. E é bom não esquecer dos efeitos sobre provisões para litígios.
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