Philip Zimbardo, psicólogo conhecido pelo controverso Experimento da Prisão de Stanford, faleceu aos 91 anos no dia 14 de outubro de 2024. Ao longo de sua carreira, Zimbardo contribuiu significativamente para a psicologia, focando posteriormente no conceito de heroísmo comum. Ele também fundou o Heroic Imagination Project. O experimento, realizado em 1971, investigou como papéis sociais influenciam o comportamento, gerando debates éticos devido à conduta extrema dos participantes.
Por US $ 15 por dia, 19 estudantes universitários do sexo masculino foram recrutados para interpretar como guardas ou prisioneiros em uma prisão simulada montada no porão do prédio do departamento de psicologia de Stanford. Zimbardo, atuando como o “superintendente prisional”, e sua equipe observaram as interações, com instruções mínimas dadas aos participantes.
Inicialmente, esperava-se que os participantes interagissem pacificamente. No entanto, para o choque de Zimbardo e sua equipe, os “guardas” rapidamente começaram a agir de maneira tirânica e abusar de seu poder. “Nossos guardas se tornaram sádicos e nossos prisioneiros ficaram deprimidos e mostraram sinais de estresse extremo”, lembrou Zimbardo.
O experimento, destinado a durar duas semanas, foi cancelado após seis dias e, ao longo das décadas desde então, atraiu fortes críticas.
Os críticos questionaram muitos aspectos das histórias de Zimbardo, observando que apenas um terço dos “guardas” exibiam um comportamento sádico, e que alguns “prisioneiros” poderiam ter falsificado seus colapsos mentais para garantir a liberação antecipada porque Zimbardo não deixou claro que eles estavam livres para desistir a qualquer momento. O duplo papel de Zimbardo como o “superintendente de prisioneiros” e o pesquisador-chefe, ao lado dos guardas, também alimentaram preocupações éticas.
Também sempre existiram dúvidas se o resultado realmente foi aquele narrado por Zimbardo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário