Um texto do Estadão revelou que o governo Lula descumpriu a regra que previa a redução de cargos comissionados na Telebras, mantendo 25 posições que deveriam ter sido extintas até julho de 2024. Esses cargos, muitos ocupados por indicados políticos de partidos aliados, possuem salários de até R$ 30 mil, como no caso do sobrinho do ministro do Turismo, Celso Sabino, que trabalha em um escritório regional em Belém (PA). O Ministério da Gestão justificou que a reformulação não foi cancelada, mas sim adiada, pois a estatal passa por uma reestruturação. O governo já havia prorrogado prazos anteriores para o corte de comissionados, argumentando que a Telebras assumiu novas funções que exigem perfis técnicos específicos.
Por muitos anos, acreditei que a Telebras seria extinta. De líder nas telecomunicações do Brasil, a estatal não resistiu à necessidade de grandes investimentos e à falta de avanços tecnológicos. Durante os governos de Itamar e FHC, a venda de estatais, incluindo as concessões da Telebras, ajudou a financiar o Plano Real. No entanto, mesmo sem uma função clara, a Telebras ainda existe e mantém funcionários.
Isso lembra a Tennessee Valley Authority (TVA), criada em 1933. A TVA realizou grandes obras de infraestrutura, como barragens e usinas hidrelétricas, para desenvolver o Vale do Tennessee. Embora sua necessidade inicial tenha passado, a TVA continua operando, ilustrando a dificuldade de extinguir entidades públicas.
23 setembro 2024
As 7 vidas da Telebras
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