O texto é de 18 de julho, mas tem aspectos importantes:
(...) O Financial Stability Board (FSB) publicou hoje [18 de julho] um balanço das iniciativas das autoridades financeiras membros relacionadas com a identificação e avaliação dos riscos financeiros relacionados com a natureza. O balanço, que será entregue à reunião de 25 a 26 de julho dos Ministros das Finanças e Governadores dos Bancos Centrais do G20 no Rio de Janeiro, descreve não apenas iniciativas de supervisão e regulamentação, mas o trabalho analítico dos bancos centrais e dos supervisores sobre se e como a degradação da natureza, incluindo a perda de biodiversidade, é um risco financeiro.
O relatório destaca uma série de observações:
As autoridades financeiras estão em diferentes fases de avaliação da relevância da perda de biodiversidade e de outros riscos relacionados com a natureza como risco financeiro, com abordagens variando, em parte devido a diferentes mandatos. Algumas autoridades já concluíram que existe um risco financeiro relevante, enquanto outras permanecem na fase de acompanhamento do trabalho internacional sobre o assunto. Algumas autoridades decidiram não trabalhar neste tópico, devido a lacunas de dados e à necessidade de dar prioridade suficiente aos riscos climáticos (onde o pensamento analítico e os dados são mais progredidos).
As autoridades financeiras que analisam a questão classificam os riscos relacionados com a natureza nos mesmos dois tipos de riscos normalmente utilizados na análise de risco financeiro relacionada com o clima: riscos físicos e de transição. No entanto, o trabalho analítico enfrenta grandes desafios de dados e modelagem. O trabalho das autoridades até à data indica que as instituições financeiras enfrentam grandes exposições ao risco físico através dos seus investimentos e atividades de financiamento, mas que o trabalho analítico deve ser desenvolvido para melhor traduzir as estimativas de exposições financeiras em medidas de risco. As autoridades reconhecem as fortes conexões entre o risco climático e a natureza, e isso é preciso fazer mais para desenvolver uma abordagem mais holística que considere as interdependências entre os riscos financeiros relacionados ao clima e à natureza.
O trabalho regulatório e de supervisão também está em estágio inicial globalmente e as abordagens diferem consideravelmente entre jurisdições e instituições. Dito isto, várias autoridades de mercados emergentes e economias avançadas já têm iniciativas regulatórias e de supervisão em andamento. O relatório destaca exemplos de abordagens adotadas por organizações e autoridades internacionais. Há um reconhecimento geral de que é necessário mais experiência na comunidade de supervisão, nos bancos centrais e no setor privado para entender e, quando necessário, abordar os riscos relacionados à natureza. Uma série de iniciativas de capacitação estão em andamento em todo o mundo.(...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário