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21 janeiro 2024

Plágio é relevante?

Tim Harford, sobre a acusação de plágio contra a economista e política britânica Rachel Reeves (foto):

Em casos de plágio acadêmico, a preocupação é novamente diferente. Os professores não estão preocupados com o plágio de alunos porque temem que alguém seja privado de direitos autorais, mas porque o plágio prejudica o processo educacional: ele tenta o aluno a não se preocupar em estudar e torna difícil para o professor avaliar as realizações do aluno.


Por esses motivos, é arriscado oferecer uma opinião geral sobre os prós e os contras da cópia, mas, de qualquer forma, vou fazer isso de maneira imprudente: Acho que nos preocupamos demais com isso. A longo prazo, os estudantes plagiadores estão prejudicando a si mesmos e, portanto, devemos desencorajá-los a plagiar pelo mesmo motivo que os desencorajamos a beber em excesso ou a fazer sexo sem proteção: para seu próprio bem. (...)

Não concordo com ele. Em muitos casos, o plágio revela o caráter da pessoa e devemos preocupar com ele na área acadêmica. Se todos forem condescendes, os plagiadores passarão pela academia sem serem incomodados e receberão, como recentemente ocorreu com a ex-reitora de Harvard, Claudine Gay, que cometeu plágio ao longo de sua trajetória acadêmica. 

Harford acha que Reeves não será menos preparada em gerenciar as finanças britânicas, se um dia for Chanceler, tendo ou não sido original. Acho que isto diz respeito a qualidade de integridade. 

2 comentários:

  1. Também é preocupante o plágio que ele leva pra vida, após a academia. Pessoas que acham que está tudo bem em pegar o trabalho do coleguinha e passar como dele. E neste ambiente, o plagiado tem ainda menos força para reclamar, por ser uma situação que foi normalizada.

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  2. Concordo.

    Mas vou trazer uma outra consideração aqui: e o auto plágio?

    Se a questão são os direitos, o crédito a quem escreveu e a integridade, qual a razão de se condenar pessoas quando isto ocorre?

    Escrever algo totalmente original é, as vezes, muito difícil. Mesmo nas nossas conversas, quantas vezes não repetimos as mesmas histórias e mensagens?
    Acho que vale uma reflexão sobre isso.

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