No total, os seres humanos coletivamente emitiram 2.558 bilhões de toneladas de CO2 (GtCO2) na atmosfera desde 1850, o suficiente para aquecer o planeta em 1,15°C acima das temperaturas pré-industriais.
A questão é que a responsabilidade por essa emissão não é igualitária, no tempo, na distribuição geográfica e entre pessoas. Uma análise realizada com dados históricos mostra que os Estados Unidos foi o maior responsável pelo aquecimento global, com 21%. A China aparece depois, mas há um grande destaque para as antigas potências coloniais.
Considerando a história da emissão, a responsabilidade da Comunidade Européia mais Reino Unido para o aquecimento é de 19%.
Em termos temporais, países como Índia e Indonésia são mais relevantes na responsabilidade pela emissão nos anos mais recentes. Em termos mais antigos, o Reino Unido tem muita relevância, em razão da emissão não somente pela industrialização, mas também pelas colônias.
Já em termos de pessoas, uma análise das emissões por pessoa mostra que os Países Baixos e Reino Unidos são os maiores emissores. Mais que Rússia e Canadá. Um holandês foi responsável por emitir 2.014t de CO2. Um russo responde por 1.922tCO2 e um canadense 1.524tCO2. Isso é muito mais que China (217tCO2 por pessoa) e a Índia (52tCO2).
Essas descobertas reforçam a significativa responsabilidade histórica dos países desenvolvidos pelo aquecimento atual, especialmente as antigas potências coloniais na Europa.
Embora representem menos de 11% da população mundial hoje, juntos, os EUA, UE e Reino Unido são responsáveis por 39% das emissões históricas acumuladas e do aquecimento atual relacionado ao CO2.
Alguns dos países que historicamente foram grande emissores, agora apoiam uma resposta climática global. E isso inclui os países menos desenvolvidos.
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