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26 outubro 2023

Partidas Dobradas em Portugal

 Eis o resumo:

Objetivo: Identificar, apresentar e  demonstrar, de  forma inédita, o método contabilístico utilizado na Real  Fábrica  das  Sedas,  quando  da  sua instituição,  em  1757. Metodologia: Qualitativa,  com  recurso a  fontes primárias manuscritas e a fontes secundárias. Foram as fontes primárias que possibilitaram a demonstração de que a empresa adotou as partidas dobradas na sua contabilidade financeira. Resultados: O artigo expande as raízes do conhecimento contabilístico português, designadamente por contribuir para um melhor conhecimento sobre a Real Fábrica  das  Sedas  e  por  apresentar  como  principal resultado  a  demonstração  cabal  de  que  foram  as  partidas dobradas o método de contabilidade implementado na sua contadoria em 1757, sob os auspícios do guarda–livros alemão  Conrado  Bartolomeu  Riegge  e,  claro,  do  principal  secretário  de  Estado  de  D.  José I,  Pombal. Originalidade: Este estudo é o primeiro trabalho a demonstrar na literatura, seja nacional, seja internacional, que a Real Fábrica das Sedas, aquando da sua refundação, em 1757, adotou como método de registo contabilístico na contabilidade financeira as partidas dobradas. 

Portugal adotou de maneira tardia as partidas dobradas. O artigo informa que o método apareceu um pouco antes da academia do comércio, na Real Fábrica das Sedas, em 1757. Mas o pioneirismo se deve a um alemão. 


Duarte  C.,  Gonçalves  M.,  Góis  C.  (2023). ‘Algo de novo no Reino de Portugal’:Identificação  e  apresentação, inéditas, do Método Contabilístico Adotado pela Real Fábrica das Sedas (1757). De Computis -Revista Española de  Historia  de  la  Contabilidad,  20  (2),  1 -28.  ISSN:  1886-1881 -doi: http://dx.doi.org/10.26784/issn.1886-1881.20.1.8838. 

Eis um destaque em nota de rodapé: 

A  expressão justo  valor,  muito  em  voga  dado  o  atual  contexto  normativo  regulatório  internacional liderado  pelo International  Accounting  Standards  Board (IASB),  constava  na  referida  fonte  primária ipsis verbis, à data de 13 de agosto de 1757. É interessante concluir que a dita expressão é utilizada há mais de 250 anos em Portugal.



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