Muito já foi dito sobre o livro de Michael Lewis sobre a FTX e SBF, então não vou repetir aqui. Basta dizer que a maioria dos jornalistas financeiros está incrédula com o fato de Lewis estar dando a Sam Bankman-Fried o benefício da dúvida.(...)
No boletim informativo do The Revolving Door Project no Substack, Henry Burke escreve:
Em uma grande turnê de imprensa para seu último livro - focado nada menos que em Sam Bankman-Fried (SBF) - Lewis passou a última semana apresentando defesas patentes absurdas do fundador da FTX a qualquer repórter disposto a ouvir. As defesas de Lewis incluem fingir que SBF era apenas uma criança (ele tem 31 anos, dois anos mais velho do que Joe Biden quando foi eleito para o Senado dos EUA), insinuar conspirações vagas de que "o suposto crime meio que não faz sentido" e promover a desgastada narrativa de SBF de que ele estava fazendo de tudo ao seu alcance para impedir Donald Trump (os líderes da FTX, incluindo SBF, doaram quase US$ 24 milhões para os republicanos apenas em 2022). A mais cômica de todas, no entanto, é a insistência de Lewis de que o esquema de Bankman-Fried não tinha nada a ver com a fraude do famoso esquema de Ponzi Bernie Madoff.
Lewis utiliza dois argumentos para diferenciar os crimes de Bankman-Fried dos de Madoff: que os crimes de SBF nunca teriam sido um problema se não fosse pela perda de confiança do consumidor e que SBF operava um negócio lucrativo separado daquele que ele usou para cometer seus crimes. Lewis está, é claro, sendo extremamente ingênuo aqui.
Henry faz referência a várias entrevistas dadas por Lewis, onde ele afirma que, exceto pela "corrida bancária" na FTX, SBF tinha um negócio lucrativo com US$ 1 bilhão em receita, "era real".
Ummmmm, não.
Fonte: aqui
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