Lidamos muito com a noção de risco e para o contador ter noção de probabilidade é crucial. Veja o exemplo do carro autônomo. Vale a pena o risco de adotar esta tecnologia? Os testes parecem indicar que sim. Eis um texto sobre isto:
Para esta história, li todos os relatórios de acidentes que Waymo [do grupo Alphabet, do Google] e Cruise apresentaram na Califórnia este ano, bem como os relatórios que cada empresa apresentou sobre o desempenho de seus veículos sem motorista antes de 2023. No total, as duas empresas relataram 102 acidentes envolvendo veículos sem motorista. Isso pode parecer muito, mas aconteceu em cerca de 6 milhões de milhas de direção [quase dez milhões de quilômetros]. Isso equivale a um acidente a cada 60.000 milhas [ou quase cem mil quilômetros], o que é aproximadamente cinco anos de direção para um motorista humano típico.
Esses foram predominantemente colisões de baixa velocidade que não representaram um sério risco à segurança. A grande maioria parecia ser culpa do outro motorista. Isso foi especialmente verdadeiro para Waymo, cujos maiores erros de direção incluíram bater em um carrinho de compras abandonado e colidir com o para-choque de um carro estacionado ao parar na calçada.
Afinal, carros autônomos não dirigem embriagados e sempre irão respeitar os limites de velocidade. Também não falam ao celular enquanto desempenham a atividade (ou pelo menos isto não atrapalha seu desempenho), nem discute com o companheiro ao lado ou com o outro motorista. Não avançam o sinal amarelo, não compram autorização para direção e parecem ser muito melhor para um ciclista ou pedestre.
Outro aspecto importante é o comparativo. Para comparar a taxa de um acidente por cem mil quilômetros qual deveria ser o parâmetro? Sem dúvida nenhuma, um motorista médio. Exigir que o carro tenha zero de acidente é impedir a adoção de uma tecnologia que é muito mais segura do que a existente na atualidade.
Foto: Sonnie Hiles
Nenhum comentário:
Postar um comentário