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10 setembro 2023

BlackRock e a origem o interesse ESG

A BlackRock é uma grande empresa de investimento, com sede na cidade de Nova Iorque. Foi fundada em 1988, inicialmente focando em gestão de risco e ativos de renda fixa. Atualmente, é a maior gestora de ativos do mundo, com US$ 8,6 trilhões em ativos sob gestão, de acordo com dados de final de 2022. A empresa possui 70 escritórios em 30 países e atende clientes em 100 países. Essas informações são provenientes da Wikipedia.

A empresa tem sido alvo de atenção devido à sua posição em relação às questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG). Ela tem sido elogiada, monitorada e também criticada por seu envolvimento nessas questões. Algumas pessoas acreditam que a BlackRock é uma das empresas que mais contribui para a causa ESG nos dias de hoje.

Devido ao seu tamanho e influência, a BlackRock já foi chamada de "o maior banco paralelo do mundo". Isso levou representantes do legislativo dos Estados Unidos a propor projetos de lei para restringir bancos paralelos. A empresa investe os fundos de seus clientes em várias empresas, principalmente aquelas com ações negociadas publicamente. Como resultado de seu tamanho, os fundos da BlackRock são frequentemente acionistas importantes em muitas empresas, algumas das quais estão entre as maiores do mundo. Apesar de a BlackRock minimizar sua importância, alegando que as ações pertencem, em última instância, aos clientes, sua influência é significativa nas votações dos acionistas.

Há controvérsias sobre se a presença da BlackRock como acionista relevante em várias empresas afeta ou não a concorrência. Alguns estudos mencionados na Wikipedia indicam uma possível conexão, mas evitam afirmar que haja conluio.

No que diz respeito à questão ESG, há acusações de que o interesse da BlackRock na agenda ESG pode ser oportunístico, já que os fundos com esses investimentos cobram taxas de administração mais altas, o que gera lucros para a empresa. A gestão da BlackRock estaria pressionando a Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA a adotar normas que obrigariam as empresas a divulgar seu impacto ambiental, diversidade na alta administração e outras métricas. Além disso, os republicanos nos Estados Unidos têm pressionado contra a postura ESG.

O interesse da BlackRock na questão ESG remonta a 2012, quando Larry Fink, o CEO da empresa, expressou preocupações sobre o assunto em uma carta anual. Antes disso, em 2004, as Nações Unidas apresentaram os princípios ESG ao mundo, sugerindo que os investidores poderiam obter lucros de longo prazo ao considerar questões ambientais e sociais. A agenda ESG, de certa forma, conseguiu unir preocupações políticas e empresariais. Em 2007, as Nações Unidas apresentaram os "Principles for Responsible Investment" (PRI).

O que aumentou a importância do ESG foi sua incorporação às decisões de fundos como a BlackRock e mudanças nas regras de votação no maior mercado acionário do mundo. Antes da adoção dos princípios da ONU, o uso de procuração em assembleias permitiu que os fundos votassem em nome de seus clientes. Isso reconheceu que investidores individuais geralmente não participam das longas reuniões de acionistas, concedendo aos fundos o poder de voto em nome dos clientes.

De acordo com dados de um artigo da UnHerd, em 2020, a BlackRock votou em 16.200 assembleias de acionistas, abrangendo um total de 153 mil propostas. Parte desses votos buscava alinhar a ideologia da BlackRock com as decisões das empresas. A empresa afirmou ter identificado 244 empresas em 2020 que não estavam fazendo progressos suficientes na integração de riscos climáticos em seus negócios e votou contra 53 delas, ou seja, 22%, ameaçando votar contra em decisões futuras. Os votos contrários também se relacionaram a questões de diversidade insuficiente nas empresas.

A estratégia da BlackRock tem sido vista como uma forma de pressionar as empresas a adotarem a agenda ESG e fortalecer as chamadas "partes interessadas", que incluem não apenas financiadores, mas também as comunidades onde as empresas operam. No entanto, isso também levanta preocupações sobre a marginalização dos acionistas em favor dos gestores que seguem as diretrizes da BlackRock e de fundos similares.

Outra crítica à BlackRock diz respeito aos investimentos em setores controversos, como usinas de energia a carvão, petróleo, gás e carvão térmico, além de empresas acusadas de abusos contra os Uigures na China e empresas envolvidas no comércio de armas.


Além disso, a estratégia de investimento da BlackRock em empresas de tecnologia, embora associada ao desempenho positivo, também levanta questões sobre sua adequação ambiental, considerando o consumo de energia associado a essas empresas.

Em resumo, a BlackRock é uma das maiores e mais influentes empresas de investimento do mundo, mas sua abordagem em relação à agenda ESG e seus investimentos em setores controversos têm gerado debates e controvérsias.

Para contabilidade, saber da existência da BlackRock é importante para entender a busca dos relatórios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança), em que a contabilidade desempenha um papel fundamental. Empresas como a BlackRock estão pressionando por normas de divulgação mais rigorosas nessa área, o que exige que a contabilidade desenvolva novos métodos e padrões para medir e relatar o desempenho das empresas em relação a esses critérios.

Também é importante saber sobre a questão da sua posição na votação em Assembleias de Acionistas. A contabilidade está envolvida na divulgação das decisões de voto em assembleias de acionistas. Finalmente, mas não menos importante, a discussão sobre o usuário focal da contabilidade financeira pode crescer muito quando se discute situações como a BlackRock. 

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