A empresa Apple tem feito um grande esforço para ser vista como uma "salvadora" das mudanças climáticas, comprometendo-se a atingir a descarbonização total até o ano de 2030. No entanto, a empresa enfrenta um problema com seus fornecedores, que estão localizados em regiões vulneráveis às mudanças climáticas.
Em 2011, inundações na Tailândia causaram bilhões em perdas e atrasaram as entregas dos computadores Mac da Apple, já que os fornecedores de componentes foram forçados a interromper o trabalho. Após esse incidente, a Apple continuou trabalhando para fortalecer seus estoques, a fim de se proteger contra futuras catástrofes climáticas. O dilema é que a empresa não realocou suas fábricas, apenas gastou mais dinheiro tentando contornar o problema. O resultado é uma cadeia de suprimentos que ainda está muito suscetível a inundações.
No caso da Apple, parece que a empresa escolheu locais para sua base de fabricação que estão sujeitos ao aquecimento global, incluindo inundações e ondas de calor. Embora a empresa tenha firmado um pacto com seus fornecedores para aderirem ao programa de carbono zero, as cerca de 400 instalações usadas para fabricar o iPhone estão localizadas em áreas onde prevalecem o carvão e o gás natural. Nestes locais, as regras de emissões são mais flexíveis e a supervisão regulatória é menos rigorosa. Isso é frequentemente referido como "vazamento de carbono".
Portanto, apesar da Apple anunciar que suas instalações de trabalho são neutras em carbono, o problema persiste nas fábricas.
Fonte: Bloomberg Newsletter
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