Em um mundo onde afirmar que uma empresa é amiga do meio ambiente pode atrair investidores, muitas vezes eles não conseguem avaliar de maneira rigorosa se a empresa realmente atende a essa condição. Uma solução comum é o uso de selos e certificações concedidos por organizações especializadas nesse campo. No entanto, essas entidades deveriam se especializar ainda mais no assunto e realizar uma análise minuciosa para classificar as empresas de forma mais precisa.
No entanto, como em qualquer mercado, existem certificações confiáveis e outras que podem não ser tão confiáveis. A seguir, apresento um exemplo de como isso pode acontecer.
Uma gestora com sede em Londres, na Inglaterra, acaba de anexar um selo ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa) a um ETF (fundo negociado em bolsa) de Bitcoin (BTC), em um movimento que deixou os especialistas ambientais surpresos.
A Jacobi Asset Management afirma que seu “ETF Jacobi FT Wilshire Bitcoin”, cujo ticker é BCOIN NA, é um fundo que se enquadra no Artigo 8, o que, de acordo com os regulamentos da União Europeia (UE), significa que deve “promover” o ESG.
Nunca antes as regras de investimento ambiental, social e de governação da UE foram aplicadas a um ETF cujo objetivo principal é permitir que os investidores especulem sobre o valor do Bitcoin, de acordo com dados monitorados pela Bloomberg.
Martin Bednall, ex-executivo da BlackRock que se tornou presidente-executivo da Jacobi no ano passado, está dizendo aos investidores que o ETF será “totalmente descarbonizado”.
Fonte: aqui
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