A Era da Empatia – De Waal
O livro foi escrito por um professor de psicologia e pesquisador de primatas. Isto explica um pouco o viés da obra em citar estudos sobre macacos, mas o argumento central é bastante forte: a natureza nos ensina que os seres humanos, assim como os animais, são mais empáticos do que alguns queiram difundir. Segue, portanto, uma visão mais otimista sobre a nossa espécie, na linha do livro Factfulness, de Hans Rosling, ou Humanidade, de Rutger Bregman.
É um livro de um especialista, baseado em pesquisas (quase 60 páginas no final entre notas e referências). A leitura é agradável e De Waal conta vários fatos interessantes, da sua vida ou de outros pesquisadores.
Gostei muito da tese e da leitura, mas confesso que senti o texto um pouco repetitivo a partir de um determinado ponto. Talvez seja um problema meu, da forma como estava lendo a obra, porém isto me impediu de continuar até o fim do livro. Todavia, penso que pode ser um sinal de que realmente o livro, de cerca de 300 páginas, poderia ser menor.
Emocional – Leonard Mlodinow
Este seria o terceiro livro que li de Mlodinow. Se o Andar do Bêbado foi um livro cinco estrelas, Subliminar não chegou a tanto. Mas este eu realmente não gostei. Geralmente os livros que gosto têm muitas marcações. Ao final da leitura, percebi que minha versão física estava intacta. Achei um livro um pouco hermético para os não iniciados e fiquei sem muita motivação para saber das histórias domésticas que Mlodinow conta sobre sua família judia. É obvio que o tema é atrativo; afinal, a emoção faz parte de nova vida diária. Mas por algum motivo, entendo que a obra não é cativante. Talvez seja um problema da minha leitura. Quem sabe eu estivesse esperando um texto mais leve, de difusão científica.
Checklist do Gênio: Dicas Paradoxais Para Testar o Talento Criativo – Dean Simonton
Não gostei do título, pois parece que é uma obra para fazer as pessoas serem mais inteligentes. Creio que o livro tem uma função melhor em tentar explicar as razões que uma pessoa “dá certo” e isto não significa necessariamente que seja uma pessoa “genial”. A obra também não irá ensinar você a ser um gênio. Mas discute quais as razões de existir um Bach e um Caneta Azul da vida. Isto passa pelo QI, pela loucura (ou sanidade), por ser primogênito ou caçula, por se esforçar muito, entre outras coisas. O interessante é que o livro mostra que não há uma receita pronta. Depende da área que você está estudando, do tipo de obra e de um monte de outras coisas. Em cada uma das nove regras, o autor dá o que seria a regra “geral” e mostra que esta regra muitas vezes não funciona. Por exemplo, o caso do QI. Algumas pesquisas mostram que os “gênios” geralmente possuíam um elevado QI, mas esta medição é muito frágil e muitos não fizeram o teste para verificar se a regra é válida. Se você chegou até aqui na sua leitura, minha recomendação é a de que vale a pena comprar o livro. Mas, esqueça o título.
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