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31 maio 2023

Seguros e mudança climática

 


No passado, as Nações Unidas criaram um grupo chamado Aliança de Seguros Net-Zero (NZIA). Os membros desse grupo são as principais seguradoras e resseguradoras do mundo, que se comprometeram a ajudar no combate às mudanças climáticas. Isso inclui o compromisso de incluir em suas carteiras de seguros e resseguros apenas empresas com emissões líquidas zero até 2050.

Essa ideia parece interessante e louvável. No entanto, na sexta-feira, a empresa Lloyd's, de Londres, tornou-se mais uma empresa a deixar o grupo. Durante a semana, seis empresas saíram, totalizando 10 desde março. Como o grupo possui apenas 30 membros, essa decisão pode tornar o NZIA inviável a longo prazo. As empresas que desistiram não indicaram o motivo.

Um possível motivo é que a iniciativa de reunir as empresas em um grupo e impor restrições à carteira, permitindo apenas empresas com emissões zero, pode ser considerada uma violação das leis antitruste em alguns países. Outra razão é o fato de o NZIA exigir metas consideradas inatingíveis para as empresas.

Outro motivo é político. A agenda ESG tem sido associada a certos partidos políticos em alguns países. Projetos como o NZIA podem ser vistos como uma questão ideológica contrária ao lucro empresarial. Isso poderia ter consequências negativas para as empresas e investidores.

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