O ex-CEO da PwC Australia, Tom Seymour, renunciou na segunda-feira, em meio a um escândalo público de sonegação fiscal e vazamento de informações confidenciais do governo a clientes em potencial. A renúncia de Seymour desencadeou uma crise no setor de consultoria profissional, com questionamentos sobre a confiabilidade das empresas que prestam serviços ao governo. Basicamente a PwC fez consultoria para o governo da Austrália na área de tributos e repassou algumas informações para empresas privadas.
Especialistas apontam que o excesso de terceirização no setor público prejudica o desenvolvimento interno das atividades públicas e leva a más decisões. O Think Tank público The Australia Institute recomendou que a PwC doe os $2.5 milhões que recebeu pela assessoria em evasão fiscal a uma instituição de caridade e pediu ao Parlamento que proíba a empresa de receber contratos ou informações confidenciais do governo.
O professor de contabilidade James Guthrie sugeriu que os contratos de consultoria sejam feitos com transparência, para que se possa ter uma ideia clara de seus clientes e evitar conflitos de interesse.
Richard Murphy aponta que quando trabalhou para o Tesouro do Reino Unido, em 2013, uma regra geral de impostos chegou aos arquivos da PwC. Segundo ele, esta prática não é algo incomum.
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