O ISSB, entidade criada pela Fundação IFRS, nomeou um segundo vice-chairman. Trata-se de Jingdong Hua, cujo currículo inclui uma passagem pelo Banco Mundial. Hua deve atuar em Montreal, onde o ISSB tem um escritório, muito embora a sede esteja em Frankfurt, Alemanha. Segundo alguns sites, Hua serviria de vínculo para as economias emergentes e em desenvolvimento (não são iguais?) e com as empresas de menor porte. A outra vice-presidente, Sue Lloyd, faria a supervisão dos trabalhos e a conexão entre o ISSB e o Iasb.
Um ponto interessante referente a Jingdong Hua é que em nenhum dos sites divulgou sua nacionalidade. O comunicado para imprensa é omisso. Mesmo o site da IFRS, com as fotografias, permite abrir com a descrição, não sendo possível saber sua origem. Mas a Wikipedia tem esta informação: chinês, com estudos nos Estados Unidos. E sua ocupação é ... banqueiro. (vide aqui para uma visão diferente sobre o ISSB)
Isto é bem interessante, pois há um vínculo cada vez mais forte da China com os emergentes. Além disto, agrada aos banqueiros. Mas será suficiente para termos bons padrões?
Outro aspecto importante é que o ISSB preencheu todas as cadeiras. Sem a presença brasileira. E vamos unir alguns pontos. Também no último dia agosto os três principais nomes da Fundação IFRS, o presidente dos curadores, do Iasb e do ISSB, estiveram na Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu.
As perguntas do encontro estavam voltadas para o ISSB e sua relação com a Comunidade Européia. A relação entre as normas já existentes na Comunidade e as normas que estão em processo de produção no ISSB foram discutidas. Foi afirmado que o ISSB irá respeitar a soberania da Comunidade e isto não é uma novidade, já que o ISSB é uma entidade do terceiro setor, sem autoridade de impor regras. Mas o ISSB entende que o alinhamento global é algo que vale a pena, mesmo existindo jurisdições com desenvolvimento mais avançado que o atual.
Ainda sobre este encontro, o ISSB afirma que é "quase" equilibrado em termos de gênero (6 mulheres versus 8) e o IASB está no caminho. E o histórico das pessoas seria diverso. Gostei deste trecho:
Um aspecto adicional que a IFRS Foundation deve considerar é o equilíbrio geográfico. Nesse contexto, foi apontada a nomeação de hoje do segundo vice-presidente do ISSB, que terá uma responsabilidade especial pelas economias emergentes e pelo sul global.
Traduzindo: para obter o equilíbrio geográfico vamos nomear uma pessoa que irá fazer a ligação com os excluídos.
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