Nos últimos anos, alguns escândalos contábeis (Thomas Cook, BHS, Carillion e Patisserie Valerie) atingiram o Reino Unido. A percepção geral era de que o regulador foi parte responsável pelos problemas, juntamente com as empresas de auditoria. Como forma de solucionar esta questão, o Reino Unido decidiu acabar com o Financial Reporting Council (FRC), a entidade de fiscalização contábil.
Estes fatos foram apresentados aqui no blog ao longo dos anos. O Reino Unido desperta um interesse especial por dois motivos. Em primeiro lugar, a contabilidade sempre foi um parâmetro para outros países, seja na qualidade de formação dos seus profissionais, o respeito que desperta na sociedade e o nível das suas pesquisas. Assim, as reformas e as críticas ao processo regulatório foram destaques. O segundo motivo é que uma potencial reforma poderia afetar o mercado de auditoria global.
Entretanto, a crise pandêmica, entre outras razões, fizeram com que o processo de mudança fosse mais tímido do que o esperado inicialmente. Mas o fim do FRC, com a criação de uma nova entidade, parece que permaneceu; já a reforma das empresas de auditoria parece que ficou para a próxima rodada de escândalos.
Antes de fechar as portas, o FRC apresentou algumas reformas para melhorar o processo de regulação e punir a má conduta. Isto significa alterar algumas das regras existentes e, aproveitando a brecha, fortalecer os relatórios de sustentabilidade e de governança corporativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário