Stephen Gandel escreve para o New York Times sobre o Financial Accounting Standards Board, o Fasb. Geralmente uma entidade de emissão de normas não atrai muito interesse de um público mais amplo, mas o texto do jornal chama a atenção que o Senado está prestes a votar uma conta climática e tributária que poderá dar um grande "poder" a um grupo "obscuro" (o termo é do texto) de contadores em Norwalk.
No caso, o legislativo está criando um conta, referente a um imposto mínimo de 15%, para ajudar a financiar as questões climáticas. Há tempos, as empresas apresentam um lucro para fins tributários e outro para fins de mercado. Isto está na legislação dos Estados Unidos, mas tem existido exageros, com empresas divulgando lucros enormes, mas pagando pouco imposto.
Segundo o texto, há 50 anos a SEC deixou a cargo do Fasb a determinação dos "princípios contábeis geralmente aceitos" que determinam como os lucros são apurados. E este Fasb é administrado por um conselho de sete membros de contadores e investidores profissionais (nem sempre foi assim, mas o texto não entra neste detalhe).
A questão legislativa passa por mandar o Fasb a ajudar como calcular o valor do tributo. E isto pode influenciar o problema e o valor a ser arrecadado. O texto chama a atenção para a "falta de diversidade":
o quadro é composto por quatro homens brancos e três mulheres brancas. Um porta-voz do Fasb disse ao DealBook que a entidade, fundada em 1973, nunca teve um membro do conselho de cor. Também está politicamente conectado: Kathleen Casey, chefe do comitê de indicação, é um ex-funcionário da SEC e ex-chefe do gabinete do senador republicano Richard Shelby, que há tempos pede impostos mais baixos para as empresas e para os ricos.
E seus membros são bem pagos: Richard Jones, um ex-executivo da empresa de contabilidade EY, que a deixou para ser presidente, recebeu um salário base de 1 milhão de US$ no ano passado (...)
Bom, o texto comenta que aparentemente a visão dos membros do Fasb é contrária ao imposto corporativo mínimo, o que poderia atrapalhar a formação destas regras.
Foto: Towfiqu barbhuiya
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