Um trabalho usando mais de 87 mil jogos, 26 anos de competição europeia, entre 1993 a 2019, concluiu algo que provavelmente o amante do futebol já sabia: o esporte está se tornando mais previsível.
Entre os esportes existentes, o futebol era um daqueles onde o “favorito” não significava necessariamente o ganhador de uma disputa. Isto estava no livro O Nome do Jogo que resenhamos no passado.
Entretanto, parece que nos últimos anos algo mudou. Eliminando os jogos empatados – não concordo com esta decisão – os autores verificaram que os jogos de dez anos atrás eram mais disputados, com uma grande vantagem para o tipo da casa.
Agora, a vantagem do campo diminuiu, sendo que o time mais forte tem uma maior chance de vencer, seja no seu estádio ou do adversário. Mas os autores alertam que isto não ocorreu, ainda, com o futebol feminino.
Veja, anteriormente, no blog, sobre este artigo. Eu e Thais Crabbi fizemos uma pesquisa para o Brasil sobre o tema, que apresentamos no Congresso da UnB. Basicamente a proxy de despesa de salário é um bom preditor da vitória; ou seja, no campeonato brasileiro, os vencedores possuem um folha salarial maior que os perdedores. Isto já tinha sido evidenciado lá fora e agora é uma realidade no nosso país.
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