Ainda sobre a manipulação dos dados do Covid no mundo, um ponto interessante comentando por David Wallace-Wells:
Se você ajustar a idade (...) as diferenças [na fatalidade] entre os continentes se tornam mais dramáticas - sugerindo uma reversão dos resultados, em vez de uma convergência.
O que isto significa? O excesso de mortes da Europa e Estados Unidos não são tão elevados quanto em outros países quando há uma ajuste pela idade. Com este ajuste:
o maior país atingido do mundo não foi os Estados Unidos, que ocupa a 47a. posição em excesso de mortalidade per capita, ou Grã-Bretanha, que ocupa a 85a posição ou mesmo a Índia, que ocupa a 36a. posição. É a Rússia, que perdeu, segundo estimativas do The Economist, entre 1,2 milhão e 1,3 milhão de pessoas, uma taxa de mortalidade duas vezes maior que os Estados Unidos.
Na verdade, a região mais atingida do mundo foram os países do antigo Pacto de Varsóvia: Bulgária, Sérvia, Macedônia do Norte, Rússia, Lituânia, Bosnia, Belarus, Georgia, România e Sudão. Peru estaria na 11a. posição. Os dados pode ser acessados no OurWorldData:
(Como a escala está padronizada, fatalidade por 100 mil habitantes, o valor da Bulgária é realmente maior que o excesso de fatalidade ocorrida no Brasil)
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