A entidade que fiscaliza o mercado de capitais de Portugal, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) determinou que o time de futebol Porto mudasse sua contabilidade de ativo intangível.
O valor registrado como ativo intangível seria de 14,1 milhões de euros, sendo a contrapartida no resultado do clube. O registro foi considerado, pela CMVM, como uma troca de ativos, conforme a IFRS 38 (parágrafo 45-48). Veja o detalhe a seguir:
Nas contas apresentadas a 30 de junho, o clube [Porto] contabilizou mais-valias de 14,1 milhões de euros com a venda dos jogadores Francisco Ribeiro (11 milhões, mais-valia de 10,33 milhões) e Rafael Pereira (4 milhões, mais-valia de 3,76 milhões) ao Vitória de Guimarães. Mas, no mesmo período, o FC Porto comprou igualmente dois jogadores ao mesmo clube (Romain Correia e João Mendes), avaliando o negócio pelos mesmos montantes.
Com esta alteração relevante, “as rubricas relacionadas com passes de jogadores tiveram um saldo líquido negativo, agora de 19,825 milhões uma vez que as vendas de direitos desportivos de jogadores efetuadas neste 1º semestre foram valorizadas por montantes não relevantes, dado que a FC Porto – Futebol, SAD decidiu rever a política contabilística aplicável a transações de aquisição e alienação de direitos desportivos de jogadores com a mesma contraparte”, lê-se no comunicado.
Assim os resultados consolidados do primeiro semestre 2021/2022 passam a ser negativos em 10,329 milhões, devido à inexistência de mais valias relacionadas com a venda de direitos desportivos de jogadores.
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