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11 novembro 2021

Fintech e Concentração Bancária


 O texto é de agosto, mas continua muito interessante: 

A concentração bancária no Brasil, inclusive, foi um dos motivos que levou o BC a criar a #AgendaBC, um conjunto de iniciativas de inovação, desburocratização e democratização do sistema financeiro. O lançamento do sistema de pagamentos e transferências Pix e o open banking, por exemplo, surgiram a partir dessa iniciativa. “No sentido de promover inovação e competitividade no setor, a agenda do [Roberto] Campos Neto [atual presidente do BC] está indo numa direção perfeita”, avalia Schaefer.

Com um ambiente mais propício para a criação de plataformas financeiras e fintechs, a concentração bancária tem se reduzido gradualmente, embora ainda esteja em níveis altos. De acordo com o “Relatório de Economia Bancária”, realizado pelo BC em 2020, os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú Unibanco e Santander) foram responsáveis por 81,8% das operações de crédito realizadas no país em 2020, assim como por 79,1% dos depósitos. Em 2018, esses números eram 84,8% e 83,8%, respectivamente.

Esse fenômeno, de criação de fintechs dentro de casa, é chamado de “fintechzação” e deve se intensificar nos próximos anos. “As empresas perceberam que não precisam mais realizar parcerias com bancos para oferecer serviços financeiros. Elas podem criar os seus próprios bancos por meio de tecnologia e sistemas”, afirma Moraes, que já liderou pelo menos sete projetos de estruturação de bancos digitais. Entre os clientes da empresa estão, por exemplo, a varejista de moda Marisa e a companhia de cosméticos Natura.

O valor de ter esse tipo de serviço financeiro, conta o especialista, é poder aproveitar uma base de clientes já familiarizada com o ecossistema de produtos da empresa, elevando o relacionamento com esses consumidores. Augusto, da Liga Ventures, também vê benefícios nessa estratégia. “Da perspectiva do cliente, faz muito mais sentido ter um relacionamento financeiro com uma companhia que está presente no seu dia a dia”, afirma. “As startups vão ajudar nesse movimento de transformação, até porque as corporações não têm como objetivo final serem bancos, mas apenas prestarem esse serviço.”

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