João Rendeiro tem sido notícia na imprensa portuguesa nos últimos dias. Este alfacinha (ou lisboeta), nascido em 1952 foi fundador e gestor do Banco Privado Português. As notícias referem-se ao período da gestão desta instituição financeira, fundada em 1996 e descontinuado em 2010, "depois de verificada a inviabilidade dos esforços de recapitalização e recuperação desta instituição"
Entre 2010 e até o presente momento, o judiciário português tenta provar que ocorreu problemas no banco que podem estar relacionado com lavagem de dinheiro, que os portugueses conhecem como branqueamento de capital. Em 2008, três gestores receberam dinheiro e dez anos depois Rendeiro foi condenado pelo Tribunal de Lisboa a cinco anos de prisão. Além da lavagem de dinheiro, crimes como falsificação de documentação e contabilidade inadequada.
Em 2020 outro tribunal, agora o Tribunal da Relação, condenou Rendeiro a 5 anos e 8 meses de prisão. A fase de recurso encerrou e as condenações transitaram em julgado em setembro de 2021. Há outros processos contra Rendeiro, que inclui fraude fiscal, abuso de confiança e lavagem de dinheiro. Em 28 de setembro, nova condenação de Rendeiro, agora por burla qualificada.
No mesmo dia, foi noticiado que Rendeiro tinha fugido de Portugal e da Europa. Há uma mandato de prisão internacional, estando na lista da Interpol.
Para tentar recuperar parte do prejuízo, a justiça portuguesa foi atrás de bens de Rendeiro. Isto incluía obras de arte, cuja originalidade tem sido questionada. Um dos gestores mais próximos de Rendeiro já foi preso, mas parece que o chefão está solto pelo mundo.
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