Eis que saiu a relação dos clubes de futebol com maior valor, segundo opinião da Forbes. Os dois espanhóis lideram o ranking, seguindo pelo Bayern e cinco clubes ingleses.
(Interessante que a Champions, talvez o mais charmoso torneio de futebol do mundo em termos de clubes, classificou para as semifinais o Real (2o.), o City (6o.), o Chelsea (7o.) e o PSG (9o.). Se for pelo valor de mercado, o Real Madrid é o favorito para ser o campeão deste ano.)
Apesar da metodologia de cálculo do valor não estar ligada à receita, quando se calcula a correlação entre as duas variáveis temos um valor de 0,96. Isto mostra que o grande direcionador do valor, na estimativa da Forbes, é a receita.
No passado, a relação entre as duas variáveis era um multiplicador de 3,9. Para este ano, neste grupo de clubes, este multiplicador é agora de 5,5. Ou seja, a capacidade de gerar valor para cada unidade monetária de um clube aumentou nos últimos anos. Achei isto estranho, especialmente quando consideramos a incerteza dos clubes com a pandemia.
O gráfico mostra em "x" cada clube e a reta com a relação entre as duas variáveis. Veja que alguns pontos ficaram acima da curva e outros ficaram abaixo da curva. O que significa isto? Quando eu uso a receita do Barcelona, de 792 e multiplico por 5,5, o resultado é de 4,356. Mas a Forbes estimou em 400 milhões a mais o valor do clube espanhol. A Forbes fez isto com os grandes clubes, mas penalizou os "pequenos".
Veja no gráfico que os pontos na parte à direita estão abaixo da reta. São os "grandes" clubes que receberam um "bônus" na avaliação da Forbes. E os clubes do final da lista estão na parte acima da reta.
Há um ponto de chama a atenção e está marcado na figura com um círculo vermelho. É o PSG. Com uma receita de quase 600 milhões, aplicando o múltiplo de 5,5 temos um valor de 3,3 bilhões. Mas a Forbes entende que o clube francês tem um valor de 2,5 bilhões, 800 milhões a menos. A Inter é outro clube "subavaliado" pela Forbes, em 1 bilhão.
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