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18 abril 2021

Reforma contábil na Alemanha perde força


Quando ocorreu o escândalo da Wirecard na Alemanha, parecia que as autoridades germânicas teriam uma grande oportunidade para fazer uma reforma no setor contábil do país. Na Inglaterra, os escândalos contábeis diversos levou a uma proposta de extinção do regulador, o FRC, e uma lei, que se for aprovada, irá ser mais pesada com as empresas de auditoria.

O problema da Wirecard realmente foi grotesco. A empresa fez desaparecer 2 bilhões de euros da sua conta caixa sem que o auditor notasse. Um jornal que levantou dúvidas sobre o que estava ocorrendo na empresa foi investigado pelo regulador alemão; o razoável seria o regulador investigar a empresa para tentar entender as denúncias. Eis que temos um ambiente propício para uma reforma do sistema. 

Mas depois de vários meses, o Accounting Today acredita que o momento passou e provavelmente o escândalo não deve ajudar no sentido de promover melhorias no sistema regulatório. Um parlamentar alemão responsável pela investigação afirmou claramente que o objetivo não é mudar o sistema e que os auditores fazem um bom trabalho. O parlamentar é do mesmo partido de Angela Merkel. 

E observe que as medidas não são tão radicais assim. Envolve reduzir o tempo para fazer o rodízio, de 20 para 10 anos. E penalidades para os auditores . O problema é que alterar o sistema de auditoria também irá demandar a alteração no regulador, envolvido no escândalo. Mas mesmo os opositores não estão motivados em mudar as regras. 

Um dos argumentos usados é que alterar as normas, punindo os auditores, poderá ser ruim para as empresas de pequeno e médio porte, que seriam expulsas do mercado, diante do risco mais elevado. 

Outro texto, do Financial Times, informa que o problema da Wirecard na verdade é mais antigo do que se pensava. Uma bela pizza alemã. 

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