Quando a empresa alemã Wirecard começou a apresentar problemas, um aspecto de chamou a atenção foi a notícia que a empresa de auditoria não tinha observado que a informação de 1,9 bilhão de euro que a contabilidade interna informava não era verdadeira.
Chamava a atenção não somente o valor, mas o fato de uma grande parte do "caixa" da empresa ter desaparecido sem que o auditor notasse. Afinal, um trabalho fácil para o auditor é conferir o caixa da empresa. O método das partidas dobradas torna isto fácil, não é mesmo?
Agora surgiu uma "versão" da empresa de auditoria, tentando contar o que ocorreu. Segundo a EY, a empresa responsável pela auditoria da Wirecard, a equipe de auditoria reagiu as notícias do Financial Times de fevereiro de 2019. Um diretor da empresa de auditoria na Alemanha, Christian Orth, disse que a EY foi vítima de criminosos. Na sua versão, a EY adicionou mais funcionários e mais horas de trabalho para revisar a auditoria de 2018. E acrescentou que ocorreu uma mudança no relatório emitido pela empresa, sinalizando a "preocupação" da empresa. Mas o relatório não foi de rejeição das contas.
Mas Orth reconhece que durante anos a EY não pediram nenhum extrato bancário mostrando que o dinheiro existia nas contas da empresa. Em lugar disto, os auditores "confiaram nas informações dos curadores".
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