A Grã-Bretanha apresentou um conjunto de regras para tentar reduzir o domínio das Big Four no mercado de auditoria. Depois de falhas no processo de auditoria de empresas como Carillion, o governo começou a estudar uma maneira de tornar o mercado de auditoria mais competitivo.
Ontem a BBC informou sobre estas propostas, apresentadas pelo secretário de negócios, Kwasi Kwarteng (foto). Segundo Kwarteng, as mudanças poderiam restaurar a confiança nos negócios. A proposta estará sujeita a uma consulta de cerca de 4 meses.
Um dos pontos considerados na proposta é a mistura do trabalho de auditoria com o trabalho de consultoria e outros serviços vinculados. Para reduzir a influência das quatro grandes empresas, estas seriam obrigadas a usar firmas de auditoria menores para realizar parte da auditoria anual.
Uma das pessoas que participaram do estudo, Donald Brydon, ex-presidente da Bolsa de Londres, afirmou o seguinte para BBC:
as pessoas querem saber três coisas sobre uma empresa: como está seu desempenho, se é administrada honestamente e se sobreviverá. E os auditores são importantes para responder todas as três coisas.
Um novo órgão de fiscalização contábil, ARGA (algo como Autoridade de Auditoria, Relatórios e Governança) será criado para substituir o FRC. Esta entidade terá poderes para forças as empresas a reapresentar suas informações. Além disto, haverá restrições no pagamento de dividendos e na remuneração das empresas caso exista má conduta, publicação de informações contábeis imprecisas ou caixa insuficiente. As gestores das empresas que faliram poderão ter que devolver seu bônus até dois anos após o pagamento, para evitar o "bônus" pelo fracasso.
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