Dois textos distintos discutem a questão da capitalização do intangível ou não. Há uma discussão contábil importante aqui, já que muitos acreditam que a contabilidade está perdendo relevância pelo fato de só levar em consideração no seu balanço o intangível adquirido (vide uma discussão sobre isto em Capitalism without Capital. Quem sabe algum dia faço uma resenha sobre a obra)
O primeiro artigo é uma pesquisa que se mostra que a capitalização pode não ser útil na identificação dos retornos esperados. Ou seja, pode não ser útil no processo decisório. Veja um trecho:
Os intangíveis desenvolvidos internamente estimados contêm poucas informações adicionais sobre os fluxos de caixa futuros da empresa, além do que está contido nos fluxos de caixa atuais da empresa . Além disso, não encontramos evidências convincentes de que a capitalização de intangíveis desenvolvidos internamente estimados produza prêmios de valor e lucratividade consistentemente mais altos.
O segundo texto é sobre um evento denominado International Forum of Accounting Standard Setters (IFASS). Neste evento, o Fasb, através de Christine Botosan, apresentou uma posição um pouco diferente:
apresentou a visão daqueles que acreditam que há um problema que precisa ser resolvido por meio de reconhecimento adicional de intangíveis. Seus argumentos incluíam: a falha em reconhecer itens intangíveis importantes subestima o valor contábil do patrimônio líquido e o desempenho financeiro; a falha em reconhecer itens intangíveis importantes reduz a relevância das demonstrações financeiras; o reconhecimento de alguma quantia é melhor do que nenhum reconhecimento: Desafios de medição não devem impedir o reconhecimento; e as preocupações com a verificabilidade não devem impedir o reconhecimento.
Esta é uma posição diferente do regulador canadense, por exemplo, que acredita na evidenciação adicional.
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