Mais um ranking. Agora, das empresas com maior volume de doação. Realmente não sei se faz sentido uma instituição ficar fazendo doação. O executivo aparece como "mocinho", mas o dinheiro é do acionista. Parece hipocrisia. Mas quando imagina que uma doação pode gerar uma imagem favorável da empresa perante seus clientes, talvez a decisão não seja tão inadequada assim. Talvez.
Veja o caso do Senai, que está na lista abaixo. O dinheiro produtivo vai para esta entidade para fazer algo e a entidade resolve "doar" parte deste dinheiro. Fazem parte da lista Vale, JBS e outras empresas. É uma lista bastante polêmica, então.
O ineditismo das consequências da pandemia do novo coronavírus no Brasil não vai entrar para os livros de história apenas pelo viés dramático do número de vítimas fatais e da recessão econômica acachapante. A Covid-19 despertou o brasileiro para uma corrente de solidariedade que também nunca se tinha visto por aqui. Em dois meses e meio – de 31 de março a 19 de junho, foram doados mais de R$ 5,6 bilhões em resposta à terra arrasada causada pelo vírus, montante que é o resultado da atitude de 395.042 doadores. Entre eles, desde pessoas físicas repassando R$ 30 até grandes bancos, como o Itaú Unibanco, que fez a maior doação até agora, de R$ 1 bilhão (sem mencionar aportes subsequentes de menor valor das empresas ligadas ao grupo).Os dados foram compilados pelo site “Monitor das Doações”, criado pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), que faz parte de uma rede mais ampla chamada Movimento por uma Cultura de Doação, e foram verificados pela Forbes junto às empresas. Doações em produtos, matéria-prima, logística e outros itens não monetários foram convertidos em reais.
O segmento que mais doou foi o sistema financeiro, com 33% do total. Alimentação e bebidas estão em segundo, com 14%, e, logo atrás, mineração, com 10%. “Foi o maior movimento de generosidade já visto no Brasil. Incrível termos pessoas, empresas e instituições de todo o país mobilizadas pela doação, por incentivar ainda mais doações, por fazer o bem”, diz João Paulo Vergueiro, diretor executivo da associação.
“Quando o Monitor das Doações Covid-19 foi ao ar, ele estava em R$ 450 milhões. Hoje esse número é dez vezes maior. Surpreendeu-nos como ele cresceu rápido, e como engajou a sociedade civil para fazer a diferença na vida das pessoas. Em dois meses, as empresas doaram muito mais do que costumam doar em um ano inteiro.”
João Paulo credita esse resultado ao fato de o vírus ter atingido todas as camadas sociais do país. “A causa é de todos. Quando temos um motivo que mexe com todos nós, que nos impacta, somos inspirados a doar e sermos ainda mais generosos. O desafio é fazer essa generosidade ser permanente.”
1 Itaú Unibanco
Área de atuação: Serviços financeiros
Valor da doação: R$ 1 bilhão
2 Vale
Área de atuação: Mineração
Valor da doação: R$ 500 milhões
3 JBS
Área de atuação: Indústria alimentícia
Valor da doação: R$ 400 milhões
4 Ambev
Área de atuação: Bebidas
Valor da doação: R$ 110 milhões
5 Rede D’Or
Área de atuação: Hospitais
Valor da doação: R$ 110 milhões
6 Bradesco
Área de atuação: Serviços financeiros
Valor da doação: R$ 99 milhões*
7 Santander
Área de atuação: Serviços financeiros
Valor da doação: R$ 85 milhões
8 Caoa Chery
Área de atuação: Indústria automobilística
Valor da doação: R$ 74 milhões
9 Senai
Área de atuação: Formação profissional
Valor da doação: R$ 63 milhões
10 Nestlé
Área de atuação: Indústria alimentícia
Valor da doação: R$ 55 milhões
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