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01 agosto 2020

Petrobras tem prejuízo, mas continua gerando caixa operacional

Foi destaque, nesta semana, o prejuízo trimestral da empresa estatal Petrobras. Os efeitos da pandemia e o preço do petróleo foram as possíveis razões para este desempenho. E pareceu uma notícia ruim, mesmo o presidente da empresa afirmando que a entidade está preparada para um cenário de baixo preço. Isto é duvidoso, já que o ponto de equilíbrio da Petrobras é bastante elevado em razão dos custos de exploração, em alto mar, serem maiores do que de outras empresas.

A empresa segue com planos de redução em algumas áreas, já tendo obtido o aval do TCU para a venda. É importante notar que o resultado também foi influenciado, positivamente, por um ganho de uma causa judicial.

Entretanto, há tempos considero que o resultado líquido não é uma boa medida de desempenho de médio e longo prazo da empresa. Os últimos anos foram conturbados, com amortização de ativos por conta da corrupção da empresa e da forte influencia do governo. Particularmente acho mais interessante o fluxo de caixa oriundo das operações.
Neste sentido, a Petrobras gerou um caixa de 29 bilhões de reais, um pouco abaixo dos 35 bilhões, mas acima do mesmo período do ano passado. Os 64 bilhões de caixa operacional é bastante respeitável, para uma empresa que gerou menos 17 bilhões de receita. 

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