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07 julho 2020

Qual é a diferença entre mestrado, doutorado e pós-doutorado?

Saiu na Superinteressante:

Graduação
Aqui é o começo de tudo. Ao sair do ensino médio, o jovem pode prestar vestibular e entrar em uma faculdade. Ele escolhe seu curso de interesse, estuda de quatro a cinco anos (geralmente), apresenta seu trabalho de conclusão de curso (TCC) e sai com uma formação profissional de nível superior. Aqui na Super, por exemplo, temos graduandos e graduados nos cursos de jornalismo e design.

Vale lembrar que, ainda nessa fase, o estudante pode optar por fazer uma iniciação científica (IC). Ela nada mais é do que uma pesquisa acadêmica que tem como objetivo abrir as portas do mundo científico para os novos universitários. Ela pode ser realizada por alunos de qualquer área do conhecimento e, muitas vezes, serve como um guia para aquilo que será desenvolvido no TCC do aluno.

Especialização e MBA
Esses dois tipos de curso entram na classificação de pós-graduação como lato sensu (expressão que significa “em sentido amplo”). Eles costumam ter menor duração e não precisam de autorização prévia do Ministério da Educação (MEC) para funcionar, ou seja, as faculdades não têm obrigação de comunicar o governo para criar novos cursos de especialização e MBA’s. Ambos os cursos exigem diploma de graduação.

[...] mestrado, doutorado e pós-doutorado – entram na classificação de stricto sensu (expressão que significa “em sentido específico”). Nessa categoria, o curso deve ser recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e reconhecido pelo Ministério da Educação. O mestrado configura o aprofundamento da pesquisa. A essa altura, o estudante tem a chance de se expandir na área acadêmica, não ficando apenas na pesquisa, mas também ocupando o lugar de docente, tornando-se professor nas universidades.

O mestrado costuma durar dois anos. O trabalho final é uma dissertação que, ao contrário da monografia, deve contar com uma pesquisa empírica (coleta de dados) e trazer contribuições para a área do conhecimento estudada. Quem termina o mestrado recebe a titulação de mestre.

Para o doutorado, é interessante ter também o domínio de línguas estrangeiras, principalmente o inglês, pois este pode ser um pré-requisito para seguir com a pesquisa. Para receber o título de doutor, o indivíduo deve defender uma tese. Isso significa que o pesquisador deve expor o que ele concluiu após seus estudos a uma banca examinadora, formada por nomes relevantes do universo acadêmico que também dominam aquele tema.
O doutorado no Brasil é equivalente ao PhD nos Estados Unidos e Europa. Salvo algumas diferenças, o processo é basicamente o mesmo: o pesquisador começa o PhD após o mestrado, estuda por quatro ou cinco anos e também deve apresentar uma tese ao final do período.

Pós-Doutorado
No pós-doutorado, o pesquisador não precisa mais defender teses ou escrever dissertações. Na verdade, ele se volta totalmente para a pesquisa e aprofundamento, não recebendo um novo título ao final do período. Nesse momento, o pesquisador se torna o orientador daqueles que estão agora buscando por um mestrado e doutorado.
Por outro lado, o cientista deve mostrar relatórios sobre seus estudos para a instituição que o financia como forma de provar seu trabalho e justificar o investimento. Esses relatórios também podem ser publicados como artigos acadêmicos. Geralmente, o pós-doutorado dura dois anos.

Livre-Docência
Para aqueles que pretendem continuar se especializando após o pós-doutorado ou que já possuem cinco anos de doutorado, é possível tentar o título de livre-docência.
Esse é o grau mais alto que um cientista pode alcançar, e é obtido através de concurso público. O candidato deve realizar uma prova escrita e defender uma tese sobre determinado tema frente a uma banca examinadora. Sendo aprovado, se torna livre-docente.

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