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11 maio 2020

Grandes Periódicos


Grandes periódicos são cada vez mais importantes para a ciência nos dias de hoje. Estes periódicos são caracterizados por serem muito maiores que um periódico típico, aceitando artigos mesmo que sejam cientificamente válidos e originais. Três grandes periódicos podem ser citados: o PLOS One, Scientific Reports e o IEEE Access. Estes três grandes periódicos publicaram 53 mil artigos por ano, o que representa 2% da produção mundial de artigos. Além destes, é possível incluir o Nature Communications e eLife como grandes periódicos. 
Existem três formas de financiamento de um periódico. A primeira é através da assinatura, onde o leitor paga para ler os artigos. Este é o caso do The Journal of Finance, por exemplo. O segundo formato é o periódico sem nenhum custo para o leitor ou para o autor. O periódico é subsidiado e este formato predomina na maioria dos casos no Brasil, na área contábil. A plataforma de hospedagem é aberta e o trabalho é gratuito (não se paga aos editores e pareceristas). O terceiro formato é através do pagamento na publicação ou na submissão. Ou seja, que financia o periódico é o autor. Isto é conhecido como Article Processing Charges (APCs). Os grandes periódicos usam este sistema de financiamento. Mas observe que muitos autores repassam este custo para sua universidade (ou centro de pesquisa).

A figura dos grandes periódicos é relativamente recente. Alguns deles foram fundados há menos de vinte anos, mas o volume de publicação obtido por eles – lembrando, algo em torno de 2% da publicação mundial – é substancial. Algumas editoras tentaram lançar o seu, como é o caso do Heliyon (Elsevier), SpringerPlus e PeerJ, mas não tiveram o devido sucesso. Mesmo optando por selecionar trabalhos “originais”, em lugar de trabalhos “importantes”, ainda há rejeição na submissão, embora não no nível de um periódico especializado de altíssimo nível (como o The Journal of Finance, onde somente 10% ou menos das submissões são publicadas).

Periódicos Brasileiros – No Brasil, a facilidade em criar um periódico fez com que existisse uma grande febre nos últimos anos. Cada programa de pós-graduação queria ter, orgulhosamente, um periódico para chamar de seu. Hoje, cada instituição de ensino deseja ter um periódico onde os trabalhos sejam publicados. A existência de uma listagem de periódicos onde era “aceitável” a publicação facilitou esta expansão. Mas nos últimos anos, a Capes dava pista que isto deveria terminar. A entidade do governo federal estava incentivando as áreas a terem poucos periódicos, mas de elevada qualidade. Mudanças recentes na entidade pode ter alterado esta política.

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