Na leva das demonstrações contábeis gostaria de destacar alguns pontos:
a) uso de termos por parte das empresas - as empresas são criativas na utilização de jargões. Mas algumas vezes exageram. A EDP abriu um título com "balanço saudável", o que é estranho em tempos de epidemia global. E a Gol usou o termo "gerenciamento eficaz do balanço"; o termo gerenciamento está muitas vezes associado a "manipulação".
b) O Iguatemi anunciou com orgulho um parceria com o iFood nos seus shopping. Realmente achei estranho, pois considero que o crescimento do app de alimentação é tudo que um shopping não deveria querer. Em lugar de ir ao shopping almoçar, uso o app do celular para pedir comida. Se houver uma crescente demanda de pedido de comida por aplicativos, isto pode tirar pessoas do shopping (e restaurantes também).
c) A seguradora Líder comentou algumas medidas do governo para redução/eliminação do DPVAT. Entretanto, mesmo assim, elaborou suas demonstrações com a suposição de continuidade. O auditor concordou. Faz sentido?
d) A Ambev usou novamente o CPC 42 para mensurar seus resultados na Argentina. Trata-se da elaboração da contabilidade em ambientes (hiper) inflacionários.
... e as empresas continuam divulgando suas demonstrações nos jornais.
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