A utilização de computadores (inclui pesquisa do Google e maratona da Netflix) tem um lado pouco comentado: a energia para manter o equipamento em funcionamento, em especial no data center, poderá ser substancial nos próximos anos.
O Google estimou que um mês de e-mails e pesquisas de uma pessoa típica representa a emissão de dirigir um carro por 1,6 km. Nos dias atuais, as emissões dos data centers pode ser igual ao setor de aviação ou transporte marítimo. Mas parece existir uma notícia boa: há um grande aumento na eficiência. Entre 2010 a 2018 o número de servidores aumentou 26 vezes e o tráfego cresceu 6,5 vezes; já o consumo de energia aumentou 6%.
Duas notícias ruins. A primeira é que o ganho de eficiência talvez esteja no seu limite. A partir de agora, um aumento no número de servidores não terá um aumento bem menor no consumo. A segunda notícia ruim é uma demanda muito maior nos próximos anos em razão do impacto da inteligência artificial na demanda de dados e no uso de energia.
Em comparação com o streaming de um vídeo ou a execução de uma pesquisa na web, a operação de um veículo autônomo ou o processamento de um feed de vídeo para reconhecimento facial exige ordens de magnitude mais computações, exigindo que um servidor de data center dedique mais tempo e esforço (e, portanto, mais energia) a um único tarefa.
Um ponto positivo:
“O fato de transmitirmos vídeos em vez de irmos à locadora é um passo na direção certa. Mesmo que a pegada de carbono do data center comece a subir, os serviços digitais são quase sempre mais eficientes do que os serviços físicos que substituem. ”
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