Durante a crise de 2007-2008, muitos países colocaram uma grande quantidade de dinheiro nos sistemas bancários: por integralização de capital, compra de ativo ou dando garantia. O uso do dinheiro público para suportar instituições financeiras pode ser questionado, já que estas entidades foram a causa da crise.
A análise do custo desta intervenção é interessante, mas difícil. Alguns trabalhos usam estatísticas agregadas. Outros, um grande quantidade de documentos oficiais. Um deles compilou os efeitos da crise em 37 países e mais de mil instituições financeiras, correspondendo a 62% do PIB mundial. O resultado do apoio do governo foi de US$1,6 trilhão ,sendo US$900 bilhões recuperados pelos governos a seguir, através da venda de ações dos bancos ao setor privado. A diferença seria o custo da intervenção, ou US$ 700 bilhões. Mas como os governos ainda eram proprietários de 350 bilhões em ativos bancários, o processo ainda não finalizou.
As participações em ações públicas permanecem grandes no Luxemburgo, Portugal, Grécia e Bélgica. As participações públicas de ativos depreciados ainda são substanciais na Áustria, Eslovênia e Alemanha.
Considerando o valor dos ativos restantes e esses fluxos de caixa, o impacto fiscal total das intervenções é de US $ 250 bilhões, ou menos de 1% do PIB.
Essa é uma média, no entanto, e os resultados variam amplamente entre os países. O impacto total é de cerca de 20% do PIB na Grécia e Chipre, 12% na Eslovênia e 9% em Portugal. Outros países viram custos totais de 5% do PIB ou menos. Onze países tiveram custos totais abaixo de 1% do PIB - ou até pequenos ganhos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário