Muito antes da Petrobras reconhecer o problema de corrupção, uma investigação interna realizada na empresa já apontava operações suspeitas, informa a Reuters. A empresa descobriu em 2012 que estava pagando muito caro por produtos de petróleo. Um ano depois, alguns funcionários recomendaram a interrupção das transações com uma empresa em particular, a Seaview, que fazia regularmente esta operação. Mas as operações continuaram.
Segundo a investigação realizada agora, quatro grandes empresas de commodities do mundo - Vitol, Trafigura, Glencore e Mercuria - usavam a Seaview e outras empresas para pagar propinas para funcionários da Petrobras. As operações eram rotineiras entre 2011 e 2014 e ocorriam em Cingapura.
Anteriormente, a empresa alegou de forma sistemática que era “vítima” involuntária da corrupção. Muitos acreditaram nesta história (aqui também). Nas demonstrações de 2016 a empresa tentou reescrever a história do escândalo. Mas o fato de existir uma investigação interna que descobriu um problema de corrupção mostra que esta narrativa não convence, afirmou a Reuters.
In the first months of 2013, an internal debate emerged at Petrobras about whether to halt business with Seaview, according to the documents and the people. Petrobras declined to do so, they said, after some senior managers argued that the oil company could lose money by limiting the number of brokers it interacts with.
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