O que acontece quando a pessoa mais "importante" da sua área é um racista, antissemita e com acusações de assédio sexual? Algo como Pacioli de uma profissão ter estas acusações.
Melvil Dewey nasceu em 1851 e faleceu em 1931. Em 1876 publicou Classification and Subject Index for Cataloguing and Arranging the Books and Pamphlets of a Library e foi responsável pela criação da classificação Dewey de obras bibliográficas.
Na semana passada, a Associação dos Bibliotecários dos Estados Unidos passou uma resolução retirando o nome de Dewey da maior honraria profissional, a Melvil Dewey Medal:
The resolution explains that Dewey did not permit Jewish people, African Americans or other minorities admittance to the resort he owned, the Lake Placid Club. He also “made numerous inappropriate physical advances toward women he worked with and wielded professional power over” and was ostracised from the ALA after four women accused him of sexual impropriety, the resolution continues, declaring that “the behaviour demonstrated for decades by Dewey does not represent the stated fundamental values of ALA in equity, diversity, and inclusion”.
30 junho 2019
29 junho 2019
Julgamento de Holmes
O escândalo da empresa Theranos parece que tem uma data para seu julgamento. Esta empresa, criada por Elizabeth Holmes, propunha uma revolução nos exames médicos. Posteriormente revelou-se que a solução tecnológica era uma farsa. Recentemente um documentário mostrou a saga da fraude: The Inventor.
Agora Elizabeth Holmes já tem uma data para seu julgamento: verão de 2020. Serão nove acusações de fraude eletrônica e duas de conspiração para cometer fraudes. Isto inclui fraudar investidores e médicos/pacientes. Em julho será a seleção do juri e abre-se o julgamento em agosto de 2020. A defesa tentou postergar; a acusação começou em junho de 2018.
Existe a possibilidade de 20 anos de prisão, multa de 250 mil dólares e outras sanções pecuniárias. A empresa, que fechou em 2018, chegou a valer 9 bilhões. Holmes chegou a ter uma fortuna de 5 bilhões. O esquema caiu com reportagens investigativas do WSJ. O documentário The Inventor mostra como John Carreyrou, o repórter do Wall Street Journal, teve um papel importante neste caso.
Agora Elizabeth Holmes já tem uma data para seu julgamento: verão de 2020. Serão nove acusações de fraude eletrônica e duas de conspiração para cometer fraudes. Isto inclui fraudar investidores e médicos/pacientes. Em julho será a seleção do juri e abre-se o julgamento em agosto de 2020. A defesa tentou postergar; a acusação começou em junho de 2018.
Existe a possibilidade de 20 anos de prisão, multa de 250 mil dólares e outras sanções pecuniárias. A empresa, que fechou em 2018, chegou a valer 9 bilhões. Holmes chegou a ter uma fortuna de 5 bilhões. O esquema caiu com reportagens investigativas do WSJ. O documentário The Inventor mostra como John Carreyrou, o repórter do Wall Street Journal, teve um papel importante neste caso.
Rir é o melhor remédio
- Preciso me concentrar.
- Ok, vamos lá. Hora de me concentrar.
- ...
- ... ursos têm nomes uns pros outros?
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28 junho 2019
Confiando na honestidade
Um caso interessante. Gurgyan Kaley trabalhava na Deloitte do Reino Unido. Tornou-se um viciado em jogos online. A consequência foi um volume elevado de perda, calculado em mais de 1 milhões de libras em cinco anos. Para ajudar a pagar sua dívida, Kaley começou a falsificar e a duplicar recibos de viagens de Uber. Em três anos, Kaley "viajou" mais de mil vezes, em torno de uma viagem por dia. E durante muito tempo, a Deloitte acatou as solicitações de reembolso.
Descoberta a fraude, Kaley foi condenado a dois anos de prisão, 300 horas de serviço comunitário, 10 dias de reabilitação e pagamento de 75 mil libras para a Deloitte.
A acusação afirmou que a empresa demorou a descobrir a fraude (mesmo sendo uma empresa de auditoria) pois "confia na honestidade dos seus funcionários".
A defesa culpou o trabalho na Deloitte, já que Kaley tratava de assuntos fiscais de elevados valores, que traria um "alto grau de pressão" para o pobre auditor.
Realmente, não sei o que seria pior: (1) uma empresa de auditoria afirmar que confia na honestidade (mas ela não é paga para desconfiar?) ou (2) justificar a fraude e vício em razão da pressão do emprego.
Descoberta a fraude, Kaley foi condenado a dois anos de prisão, 300 horas de serviço comunitário, 10 dias de reabilitação e pagamento de 75 mil libras para a Deloitte.
A acusação afirmou que a empresa demorou a descobrir a fraude (mesmo sendo uma empresa de auditoria) pois "confia na honestidade dos seus funcionários".
A defesa culpou o trabalho na Deloitte, já que Kaley tratava de assuntos fiscais de elevados valores, que traria um "alto grau de pressão" para o pobre auditor.
Realmente, não sei o que seria pior: (1) uma empresa de auditoria afirmar que confia na honestidade (mas ela não é paga para desconfiar?) ou (2) justificar a fraude e vício em razão da pressão do emprego.
Emprego no Setor Contábil em Maio
Segundo os dados do mercado de trabalho formal, o mês de maio mostrou que o número de admitidos no setor contábil (inclui Contadores e Auditores, Técnicos em Contabilidade e Escriturários) foi de 9.876. Entretanto, o número de demitidos foi de 11.053, indicando uma redução no número de vagas de 1.177. Este número não é um surpresa, já que geralmente nos meses de maio ocorre mais demissões que contratações. Assim tem ocorrido desde 2014. Para piorar, o mês de junho também apresenta usualmente resultados negativos. O problema é que este foi o segundo pior resultado do mês de maio.
Uma análise dos dados mostra que a questão do emprego afetou todos os tipos de empregado. O saldo foi negativo para os dois gêneros, para todos os níveis educacionais (em especial os trabalhadores com somente ensino médio completo), contadores e escriturários.
Que foi demitido tinha um salário de R$2.761,59, um valor de 14,69% a mais daqueles que foram contratados. Estes trabalhadores possuíam carteira assinada há quase três anos (35,44 meses), com idade média de 32,78 anos.
No acumulado, desde 2014, o número de vagas reduzidas alcançou a 42.358. Não é o pior resultado - que ocorreu em dezembro de 2018, mas é o segundo pior.
Uma análise dos dados mostra que a questão do emprego afetou todos os tipos de empregado. O saldo foi negativo para os dois gêneros, para todos os níveis educacionais (em especial os trabalhadores com somente ensino médio completo), contadores e escriturários.
Que foi demitido tinha um salário de R$2.761,59, um valor de 14,69% a mais daqueles que foram contratados. Estes trabalhadores possuíam carteira assinada há quase três anos (35,44 meses), com idade média de 32,78 anos.
No acumulado, desde 2014, o número de vagas reduzidas alcançou a 42.358. Não é o pior resultado - que ocorreu em dezembro de 2018, mas é o segundo pior.
Iasb: o que está sendo discutido
Com base nos encontros do Iasb é possível antever algumas mudanças nas normas contábeis internacionais nos próximos anos. Eis algumas destas discussões:
Goodwill e Recuperabilidade - há uma minuta em preparação que deve ser publicada nos próximos meses. Deverá mudar a amortização do goodwill, assim cair a exigência anual do teste (!!), entre outros aspectos
Demonstrações financeiras - isto deve afetar o IAS 1
Regulação - o Iasb está estudando a questão da remuneração (e da taxa de desconto) nas atividades regulatórias.
PME - as normas de valor justo (IFRS 13), instrumentos financeiros (IFRS 9) e leasing (IFRS 16) poderiam ser incorporadas para a contabilidade das pequenas e médias empresas, com simplificações (??).
Instrumentos financeiros com características de patrimônio líquido.
Baseado na divulgação da Deloitte (e aqui também) e Schneider Downs
A partir da implantação da norma de seguros, o IASB está propondo emendas diversas
Além disto, o Comitê de Interpretações está discutindo diversos aperfeiçoamentos na IFRS 16 (Leasing), 9 (Instrumentos Financeiros), 10 (Demonstrações Consolidadas), 15 (receitas de contratos com clientes), além do IAS 7 (DFC), 1 (Demonstrações financeiras), 19 (benefícios aos empregados) e 41 (agricultura).
Goodwill e Recuperabilidade - há uma minuta em preparação que deve ser publicada nos próximos meses. Deverá mudar a amortização do goodwill, assim cair a exigência anual do teste (!!), entre outros aspectos
Demonstrações financeiras - isto deve afetar o IAS 1
Regulação - o Iasb está estudando a questão da remuneração (e da taxa de desconto) nas atividades regulatórias.
PME - as normas de valor justo (IFRS 13), instrumentos financeiros (IFRS 9) e leasing (IFRS 16) poderiam ser incorporadas para a contabilidade das pequenas e médias empresas, com simplificações (??).
Instrumentos financeiros com características de patrimônio líquido.
Baseado na divulgação da Deloitte (e aqui também) e Schneider Downs
A partir da implantação da norma de seguros, o IASB está propondo emendas diversas
Além disto, o Comitê de Interpretações está discutindo diversos aperfeiçoamentos na IFRS 16 (Leasing), 9 (Instrumentos Financeiros), 10 (Demonstrações Consolidadas), 15 (receitas de contratos com clientes), além do IAS 7 (DFC), 1 (Demonstrações financeiras), 19 (benefícios aos empregados) e 41 (agricultura).
Rir é o melhor remédio
Experimentando óculos antes de acrescentarem o meu grau.
"Estou maravilhosa!"
Experimentando o óculos após acrescentarem o meu grau...
"Estou maravilhosa!"
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27 junho 2019
Processo seletivo Mestrado e Doutorado
Já está aberto o processo seletivo para o mestrado e doutorado. Clique aqui para mais informação
Nova moeda do Facebook e cúpula do G-20
Segundo o Valor, além das tensões comerciais, a notícia da pretensão do Facebook de criar uma nova moeda também está esquentando os debates na cúpula do G20, que começou hoje (27/06) no Japão.
Os representantes dos países europeus têm se mostrado preocupados com as implicações de um gigante da internet entrando na área financeira, turbinado pelos milhões de dados de seus utilizadores. Por outro lado. os EUA e o Reino Unido pretendem acompanhar de perto a questão para tratar possíveis riscos, mas sem introduzir regulações que gerem barreiras a inovações no setor financeiro.
Os representantes dos países europeus têm se mostrado preocupados com as implicações de um gigante da internet entrando na área financeira, turbinado pelos milhões de dados de seus utilizadores. Por outro lado. os EUA e o Reino Unido pretendem acompanhar de perto a questão para tratar possíveis riscos, mas sem introduzir regulações que gerem barreiras a inovações no setor financeiro.
A mensagem do G-20, conforme fontes, será a de que está monitorando os desenvolvimentos dessa tendência e pede para o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) tratar do tema e suas implicações. Para o G-20, inovações tecnológicas podem trazer benefícios significativos para o sistema financeiro e para a economia em geral. Mas, mesmo que os ''cripto-ativos'' não representem hoje uma ameaça à estabilidade financeira global, o grupo dirá que está atento aos riscos. Conforme o Banco da Inglaterra (o BC inglês), existem milhares de diferentes tipos de''cripto-ativos'' ou criptomoedas como Bitcoin, Ripple, Litecoin e Ethereum. Cripto significa "oculto" ou "secreto", refletindo a tecnologia segura usada para registrar quem possui o quê e para fazer pagamentos entre seus utilizadores. [...] O Banco Internacional de Compensações (BIS), espécie de banco dos bancos centrais, antecipou um capítulo de seu relatório anual, para sublinhar a importância da entrada de gigantes da tecnologia (big tech) como Facebook, Alibaba, Amazon, Google e Tencent nos serviços financeiros. Para o BIS, isso pode rapidamente estabelecer uma posição dominante nas finanças globais e afetar a concorrência. Existe um claro mal-estar entre reguladores, por questões que vão bem além de riscos financeiros clássicos. Por exemplo, a estabilidade financeira e proteção dos consumidores, como questões novas sobre o acesso dos gigantes da Internet a dados de suas plataformas existentes. Na declaração do G-20, os líderes das maiores economias desenvolvidas e emergentes deverão reafirmar também compromisso com a aplicação dos Padrões Gafi (Grupo de Ação Financeira Internacional) aos ativos virtuais e serviços relacionados para combate à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo. Vão apoiar o trabalho do FSB sobre possíveis implicações das tecnologias financeiras descentralizadas e como melhorar o diálogo com um grupo mais amplo de partes interessadas. O grupo vai se comprometer a intensificar esforços para melhorar a resiliência cibernética.
Doutorado em administração - Unisul
Processo seletivo para o doutorado em administração da Unisul aberto até 31 de julho.
Informações: (48) 3279 1932 ou ppga@unisul.br
Rir é o melhor remédio
Toda empresa: Gostaríamos de promover a saúde mental no ambiente de trabalho.
Empregados: Que tal contratar mais pessoas para que possamos nos sentir menos pressionados e melhorar o nosso pagamento para que possamos nos manter em dia com os crescentes custos de vida, para que não fiquemos tão estressados.
Toda empresa: Não, não dessa forma. Tente ioga.
Empregados: Que tal contratar mais pessoas para que possamos nos sentir menos pressionados e melhorar o nosso pagamento para que possamos nos manter em dia com os crescentes custos de vida, para que não fiquemos tão estressados.
Toda empresa: Não, não dessa forma. Tente ioga.
26 junho 2019
Facebook tem planos de criar uma nova moeda
Fonte da imagem: aqui |
Segundo o Financial Times (FT), caso fosse apenas modestamente bem-sucedida, a nova moeda já entregaria boa parte do controle da política monetária dos bancos centrais a essas empresas privadas.
Ainda conforme o FT:
A ideia marca um ataque "muito atrasado" da Big Tech sobre a indústria de pagamentos, diz David Yermack, professor de finanças da Stern School of Business da Universidade de Nova York. A Apple criou um papel limitado para o seu próprio sistema de pagamentos no iPhone: em contrapartida, o plano do Facebook é um ataque frontal.
O próprio Facebook criaria um "aplicativo matador" para tirar proveito desse dinheiro digital: um sistema de pagamento embutido em seus serviços de mensagens, para que os usuários possam enviar dinheiro a amigos ou fazer compras com facilidade e baixo custo. Com 2,4 bilhões de usuários, a empresa de redes sociais poderia, sozinha, impulsionar as criptomoedas para uma tendência atual, de acordo com seus apoiadores, cumprindo as esperanças provocadas pela bitcoin há uma década.
“A ameaça aos bancos existentes é severa”, diz Yermack. Empresas como Facebook, Google e Amazon têm duas vantagens significativas sobre os bancos, acrescenta: elas podem processar transações a um custo muito menor, e elas provaram ser mestres na criação de novos serviços digitais, atraindo bilhões de pessoas para suas plataformas.
Mas as barreiras à entrada também são altas e a resistência já é extensa. Políticos, ativistas da privacidade e banqueiros têm estado entre os que fazem fila para questionar a proposta desde quando ela foi revelada.
O fato de o Facebook e seus parceiros planejarem seguir em frente de qualquer maneira é uma prova do quanto está em jogo.
Algumas das preocupações: terrorismo, lavagem de dinheiro e privacidade.
25 junho 2019
Lista: livros mais vendidos
Lista dos livros mais vendidos da Amazon em 2019 nos Estados
Unidos:
1.Um Lugar Bem Longe Daqui,
por Delia Owens
2.Minha história, por
Michelle Obama
3. A menina da montanha,
por Tara Westover
4. Garota, pare de mentir
para você mesma, por Rachel Hollis
5. Girl, stop apologizing, por Rachel Hollis. Ainda
sem tradução.
6. Howard Stern comes again, por Howard Stern. Ainda
sem tradução.
7. A mágica da arrumação,
por Marie Kondo
8. Ah, os lugares que você
irá!, por Dr. Seuss
9. Unfredom of the press, por Mark R. Levin.
Ainda sem tradução.
10. The Wonky Donkey, por Craig Smith. Ainda sem
tradução.
Sorteio no Instagram
Pessoal, está rolando um sorteio de dois livros que a editora SaraivaUni está querendo promover este mês. Eu sinceramente não conheço a obra... Mas como não incorremos em custos e é tudo cortesia da editora, acho válido como uma forma de presentear algum leitor. Para quem tem interesse, basta ler a postagem abaixo ou ir lá no nosso perfil do Instagram.
24 junho 2019
Chip Kidd: Designing livros não é brincadeira. Ok, é sim.
Palestra maravilhosa que vale cada um dos 17 minutos.
Chip Kidd não julga os livros por suas capas, ele cria capas que corporificam os livros -- e ele o faz com um senso de humor inescrupuloso. Em uma das palestras mais engraçadas do TED2012, ele mostra a arte e o profundo pensamento no design de suas capas. (Da sessão Design Studio no TED2012, organizada por Chee Pearlman e David Rockwell.)
Chip Kidd não julga os livros por suas capas, ele cria capas que corporificam os livros -- e ele o faz com um senso de humor inescrupuloso. Em uma das palestras mais engraçadas do TED2012, ele mostra a arte e o profundo pensamento no design de suas capas. (Da sessão Design Studio no TED2012, organizada por Chee Pearlman e David Rockwell.)
Rir é o melhor remédio
- Estou tendo um dia ótimo. Vamos ver o que está acontecendo na internet...
- Ah não
- O que é essa
- Merd@
- Ah não
- O que é essa
- Merd@
23 junho 2019
Empresas e mercados: IFRS 16
Um blog muito bom é o Empresas e Mercados, do Roberto Ushisima. Abaixo um trecho da última postagem dele:
Uma das novidades das demonstrações contábeis a partir de 2019 é a implementação obrigatória das mudanças do IFRS 16 sobre contabilização de Arrendamento Mercantil.
Sem entrar em maiores detalhes, basicamente o que as empresas devem fazer é incluir no Ativo e no Passivo os contratos de arrendamento mercantil/leasing. O valor contábil é o valor presente dos contratos, no Ativo sendo considerado um Ativo de Direito de Uso e no Passivo uma dívida com Arrendamento Mercantil.
O impacto na DRE é um pouco mais complexo. Os gastos com locação dos contratos de arrendamento afetados pelo IFRS 16 deixam de ser contabilizados como despesa. A chave aqui é entender a movimentação do ativo e do passivo mencionados no parágrafo anterior. Conforme o tempo passa e os contratos de arrendamento vão sendo pagos, há uma despesa com a depreciação dos contratos. Quanto ao passivo, há o “accruamento” dos juros, com uma despesa financeira de arrendamento mercantil, aumentando o passivo. Além disso, há uma baixa por pagamento do passivo de arrendamento mercantil que corresponderia à antiga despesa com locação. Não há impacto fiscal porque a depreciação e os juros com arrendamento cobrem o espaço que seria das despesas com locação.
A polêmica maior é quanto às consequências disso na avaliação da empresa. O efeito imediato é aumentar o EBITDA por conta de menores despesas. O “Caixa gerado pelas operações” do DFC também é aumentado já que a “despesa” com locação passou para o “Fluxo de Caixa de Financiamento”, o que remete ao segundo efeito imediato, aumento da dívida, que passa a incluir Arrendamento Mercantil.
O que fazer diante disso? (...)
Eu escrevi um artigo mais longo e profundo com o exame dos efeitos em um caso específico (Cia. Hering). Certamente é um tema que ainda vai render muito e posso voltar a ele em textos futuros.
Leia aqui a postagem completa.
22 junho 2019
Números do Facebook sob suspeita
Desde o escândalo da Cambridge Analytica, o uso do Facebook caiu: 10% no primeiro mês e 20% desde abril 2018, segundo dados da Mixpanel (via aqui). Estes números são aproximadamente iguais aos da Emarketer, onde o uso médio diário caiu de 41 minutos para 38.
Entretanto, os números são divergentes do Facebook. Segundo a empresa, ocorreu um aumento nos usuários ativos diários e mensais. Mas estes números não são auditados.
It's possible to reconcile the gap between Facebook's picture of increased usage and independent auditors' claims of a decline: it may be that people still feel like the must use Facebook to coordinate with other Facebook users (they are unable to overcome the collective action problem of convincing their friends to leave Facebook all at once and shift their discussions of their little league games, family reunions and rare diseases somewhere else), but they no longer use it to "share" with friends, only to perform the utility functions that they must use the service for.
21 junho 2019
Excel X Blockchain
Para o aclamado economista Nouriel Roubini, o Blockchain "não é melhor que uma planilha de Excel" :
Nouriel Roubini, um notório crítico das criptomoedas, afirmou que o blockchain "não é melhor que uma planilha de Excel" durante um painel patrocinado pela exchange cripto LaToken em 25 de janeiro.
Roubini também é conhecido por ter previsto a crise financeira de 2008, o que lhe valeu o apelido de Doutor Destino.
Falando durante um painel no Fórum Econòmico Blockchain em Davos, Roubini definiu a blockchain como “a tecnologia mais exagerada de todos os tempos”, ao mesmo tempo em que observou que o Bitcoin e outras criptomoedas são a mãe de todas as bolhas. Ele também apontou durante a palestra que blockchain e cripto não têm nada a ver com fintech e tecnologia de ledger distribuído privado (DLT).
O DLT privado, segundo Roubini, nada mais é do que um banco de dados sofisticado, já que não é nem sem confiança nem descentralizado. Ele também apontou que, assim como o DLT, as moedas digitais de banco central (CBDCs) também não têm nada a ver com blockchain e cripto. Roubini vê as CBDCs principalmente como uma maneira de estender o acesso ao banco central a todos os indivíduos, em vez de conceder acesso apenas aos bancos.
Além disso, Roubini expressou sua ideia de que as CBDCs dominariam as criptomoedas e transformariam o sistema bancário de maneiras radicais. Além disso, enquanto ele prevê que a fintech vai mudar o financiamento e que o dinheiro vai desaparecer, ele é da opinião que blockchain e cripto não terão lugar nesta mudança.
Nouriel também criticou duramente o que ele descreveu como a "tokenização de tudo", explicando que ter um token para tudo seria equivalente a voltar ao escambo. Ele também apontou como os personagens do famoso desenho animado Flintstones têm uma moeda, que são as conchas, argumentando que a tokenização é pior do que isso.
Falando sobre a privacidade, Nouriel apontou que nenhum governo ou órgão regulador permitirá o uso de criptomoedas centradas no anonimato, como o Monero. Conforme relatado pela Cointelegraph em junho do ano passado, o órgão autorregulatório japonês Associação de Câmbio de Moeda Virtual (JVCEA, na sigla em inglês) proibiu o comércio de altcoins orientadas para o anonimato, como Zcash e Monero.
A posição negativa de Roubini sobre a criptomoeda não é uma novidade para ele: em uma entrevista concedida à Cointelegraph em outubro do ano passado, ele declarou que, segundo ele, 99% das criptomoedas valem zero.
Nouriel Roubini, um notório crítico das criptomoedas, afirmou que o blockchain "não é melhor que uma planilha de Excel" durante um painel patrocinado pela exchange cripto LaToken em 25 de janeiro.
Roubini também é conhecido por ter previsto a crise financeira de 2008, o que lhe valeu o apelido de Doutor Destino.
Falando durante um painel no Fórum Econòmico Blockchain em Davos, Roubini definiu a blockchain como “a tecnologia mais exagerada de todos os tempos”, ao mesmo tempo em que observou que o Bitcoin e outras criptomoedas são a mãe de todas as bolhas. Ele também apontou durante a palestra que blockchain e cripto não têm nada a ver com fintech e tecnologia de ledger distribuído privado (DLT).
O DLT privado, segundo Roubini, nada mais é do que um banco de dados sofisticado, já que não é nem sem confiança nem descentralizado. Ele também apontou que, assim como o DLT, as moedas digitais de banco central (CBDCs) também não têm nada a ver com blockchain e cripto. Roubini vê as CBDCs principalmente como uma maneira de estender o acesso ao banco central a todos os indivíduos, em vez de conceder acesso apenas aos bancos.
Além disso, Roubini expressou sua ideia de que as CBDCs dominariam as criptomoedas e transformariam o sistema bancário de maneiras radicais. Além disso, enquanto ele prevê que a fintech vai mudar o financiamento e que o dinheiro vai desaparecer, ele é da opinião que blockchain e cripto não terão lugar nesta mudança.
Nouriel também criticou duramente o que ele descreveu como a "tokenização de tudo", explicando que ter um token para tudo seria equivalente a voltar ao escambo. Ele também apontou como os personagens do famoso desenho animado Flintstones têm uma moeda, que são as conchas, argumentando que a tokenização é pior do que isso.
Falando sobre a privacidade, Nouriel apontou que nenhum governo ou órgão regulador permitirá o uso de criptomoedas centradas no anonimato, como o Monero. Conforme relatado pela Cointelegraph em junho do ano passado, o órgão autorregulatório japonês Associação de Câmbio de Moeda Virtual (JVCEA, na sigla em inglês) proibiu o comércio de altcoins orientadas para o anonimato, como Zcash e Monero.
A posição negativa de Roubini sobre a criptomoeda não é uma novidade para ele: em uma entrevista concedida à Cointelegraph em outubro do ano passado, ele declarou que, segundo ele, 99% das criptomoedas valem zero.
Teoria da Contabilidade -4a edição
Nos últimos dias estive ocupado em finalizar a quarta edição do livro Teoria da Contabilidade, em co-autoria com o professor Jorge Katsumi. Muitas alterações. E usei muito o blog para inspirar em algumas partes que fiquei responsável. Vários exercícios tem sua fonte no blog. Eis um trecho da apresentação, onde estão detalhadas as alterações na nova edição:
Esta quarta edição traz alterações profundas. Já incorporamos aqui os aspectos que sofreram alteração com a nova estrutura conceitual do Iasb, aprovada no início de 2018. Também alteramos todos exercícios no final de cada capítulo, que representa uma atualização das discussões. A seção sobre pesquisa, que existia no final de cada capítulo, foi suprimida. O volume de pesquisas existentes em cada tópico é cada vez maior, tornando difícil para os autores manter este ponto de forma adequada e justa. Optamos por inserir no final de cada capítulo, quando couber, um tema emergente.
No capítulo 1, deixamos claro a diferença entre regulação e padronização, optando por usar o primeiro termo. Discutimos também o texto como informação, já que esta é uma área que está sendo objeto de análise e atenção da teoria. E incluímos o princípio da evidenciação plena. No capítulo 2, fizemos uma atualização das mudanças recentes na estrutura do Iasb. Em razão dos rumos da convergência internacional das normas contábeis, o capítulo 3 foi alterado e atualizado. O resultado é um capítulo mais enxuto em relação às edições anteriores.
O capítulo 5 é novo e trabalha a questão da estrutura conceitual. O capítulo inicia descrevendo as premissas básicas da contabilidade. O capítulo discute as vantagens e desvantagens de se ter uma estrutura conceitual, assim como as razões que levam as mudanças nesta estrutura. Um aspecto específico da estrutura, a questão da prudência, é objeto de discussão. O capítulo encerra contemplando o papel do CPC na contabilidade brasileira.
O Capítulo 6 reúne material novo sobre a teoria da mensuração, além de apresentar, de maneira mais resumida, a questão da inflação. Assim, a discussão sobre mensuração, que constava do capítulo do Ativo passa a compor este capítulo.
O capítulo sobre o Ativo, o de número 7, foi atualizado com as novas definições da estrutura conceitual de 2018. Isto inclui uma discussão sobre desreconhecimento. Os temas “intangível” e “recuperabilidade” foram agregados a este capítulo. A discussão sobre a relevância da incerteza e da probabilidade foi expandida nesta nova edição. Também discutimos o problema da primazia conceitual dos termos ativo e passivo. Ao final do capítulo iniciamos uma discussão sobre ativos virtuais.
O capítulo 8 é resultado da junção dos antigos capítulos de passivo e patrimônio líquido. A experiência didática revelou que não existia uma necessidade de um capítulo específico para o patrimônio líquido e por este motivo os autores optaram por esta medida. Pequenas atualizações foram feitas no capítulos
No capítulo 9 incorporamos a discussão sobre o reconhecimento da receita de incorporadoras e inserimos um texto sobre a qualidade do lucro.
O capítulo do setor público foi reformulado, com a inclusão de uma abordagem histórica e os avanços recentes na área, incluindo a convergência das normas internacionais no Brasil e a abordagem conceitual do IFAC, baseada na abordagem do Iasb. Também melhoramos a abordagem histórica do capítulo.
Na parte do terceiro setor, fizemos pequenas atualizações. Finalmente, o capítulo de leasing foi reformulado diante das novas normas. Este capítulo contou com a participação da pesquisadora Nyalle Barboza Matos.
Obviamente que a capa também será alterada.
Esta quarta edição traz alterações profundas. Já incorporamos aqui os aspectos que sofreram alteração com a nova estrutura conceitual do Iasb, aprovada no início de 2018. Também alteramos todos exercícios no final de cada capítulo, que representa uma atualização das discussões. A seção sobre pesquisa, que existia no final de cada capítulo, foi suprimida. O volume de pesquisas existentes em cada tópico é cada vez maior, tornando difícil para os autores manter este ponto de forma adequada e justa. Optamos por inserir no final de cada capítulo, quando couber, um tema emergente.
No capítulo 1, deixamos claro a diferença entre regulação e padronização, optando por usar o primeiro termo. Discutimos também o texto como informação, já que esta é uma área que está sendo objeto de análise e atenção da teoria. E incluímos o princípio da evidenciação plena. No capítulo 2, fizemos uma atualização das mudanças recentes na estrutura do Iasb. Em razão dos rumos da convergência internacional das normas contábeis, o capítulo 3 foi alterado e atualizado. O resultado é um capítulo mais enxuto em relação às edições anteriores.
O capítulo 5 é novo e trabalha a questão da estrutura conceitual. O capítulo inicia descrevendo as premissas básicas da contabilidade. O capítulo discute as vantagens e desvantagens de se ter uma estrutura conceitual, assim como as razões que levam as mudanças nesta estrutura. Um aspecto específico da estrutura, a questão da prudência, é objeto de discussão. O capítulo encerra contemplando o papel do CPC na contabilidade brasileira.
O Capítulo 6 reúne material novo sobre a teoria da mensuração, além de apresentar, de maneira mais resumida, a questão da inflação. Assim, a discussão sobre mensuração, que constava do capítulo do Ativo passa a compor este capítulo.
O capítulo sobre o Ativo, o de número 7, foi atualizado com as novas definições da estrutura conceitual de 2018. Isto inclui uma discussão sobre desreconhecimento. Os temas “intangível” e “recuperabilidade” foram agregados a este capítulo. A discussão sobre a relevância da incerteza e da probabilidade foi expandida nesta nova edição. Também discutimos o problema da primazia conceitual dos termos ativo e passivo. Ao final do capítulo iniciamos uma discussão sobre ativos virtuais.
O capítulo 8 é resultado da junção dos antigos capítulos de passivo e patrimônio líquido. A experiência didática revelou que não existia uma necessidade de um capítulo específico para o patrimônio líquido e por este motivo os autores optaram por esta medida. Pequenas atualizações foram feitas no capítulos
No capítulo 9 incorporamos a discussão sobre o reconhecimento da receita de incorporadoras e inserimos um texto sobre a qualidade do lucro.
O capítulo do setor público foi reformulado, com a inclusão de uma abordagem histórica e os avanços recentes na área, incluindo a convergência das normas internacionais no Brasil e a abordagem conceitual do IFAC, baseada na abordagem do Iasb. Também melhoramos a abordagem histórica do capítulo.
Na parte do terceiro setor, fizemos pequenas atualizações. Finalmente, o capítulo de leasing foi reformulado diante das novas normas. Este capítulo contou com a participação da pesquisadora Nyalle Barboza Matos.
Obviamente que a capa também será alterada.
Práticas Administrativas importam?
Um artigo, publicado na American Economic Review, busca responder uma velha questão: afinal, a prática administrativa faz diferença? Os autores usaram dados de 35 mil fábricas (é isto mesmo, não errei o número) ou 70 mil observações, de uma pesquisa obrigatória feita pelo governo dos Estados Unidos entre 2010 e 2015. O foco é verificar se existe uma relação entre administração e desempenho. Com base em um questionário desenhado pelo Banco Mundial, aplicou uma pesquisa denominada de Managemente and Organizational Practices Survey. Entre as perguntas, questões sobre monitoramente, metas e incentivos. Foco da análise ficou nos direcionadores de práticas administrativas relacionadas com o ambiente de negócios e o spillover (transbordamento). Com um índice de resposta de 75% a pesquisa mostrou que
a) Há uma grande variação nas práticas administrativas. A surpresa é que isto é válido também para fábricas de uma mesma empresa. Além disto, quanto maior a empresa, maior esta variação.
b) Usando dados de duas regiões que estavam concorrendo entre si para receber uma indústria, os autores mostraram que spillovers positivos ocorreram quando também existia fluxos frequentes na mão-de-obra gerencial. Em outras palavras, será no movimento dos gerentes (não dos executivos ou dos trabalhadores ou da governança corporativa) que ocorrerá um mecanismo de aprendizado
Bloom, N., Brynjolfsson, E., Foster, L., Jarmin, R., Patnaik, M., Saporta-Eksten, I., & Van Reenen, J. (2019). What drives differences in management practices?. American Economic Review, 109(5), 1648-83.
a) Há uma grande variação nas práticas administrativas. A surpresa é que isto é válido também para fábricas de uma mesma empresa. Além disto, quanto maior a empresa, maior esta variação.
b) Usando dados de duas regiões que estavam concorrendo entre si para receber uma indústria, os autores mostraram que spillovers positivos ocorreram quando também existia fluxos frequentes na mão-de-obra gerencial. Em outras palavras, será no movimento dos gerentes (não dos executivos ou dos trabalhadores ou da governança corporativa) que ocorrerá um mecanismo de aprendizado
Bloom, N., Brynjolfsson, E., Foster, L., Jarmin, R., Patnaik, M., Saporta-Eksten, I., & Van Reenen, J. (2019). What drives differences in management practices?. American Economic Review, 109(5), 1648-83.
Hackeando Blockchain
Once hailed as unhackable, blockchains are now getting hacked
More and more security holes are appearing in cryptocurrency and smart contract platforms, and some are fundamental to the way they were built.
Early last month, the security team at Coinbase noticed something strange going on in Ethereum Classic, one of the cryptocurrencies people can buy and sell using Coinbase’s popular exchange platform. Its blockchain, the history of all its transactions, was under attack.
An attacker had somehow gained control of more than half of the network’s computing power and was using it to rewrite the transaction history. That made it possible to spend the same cryptocurrency more than once—known as “double spends.” The attacker was spotted pulling this off to the tune of $1.1 million. Coinbase claims that no currency was actually stolen from any of its accounts. But a second popular exchange, Gate.io, has admitted it wasn’t so lucky, losing around $200,000 to the attacker (who, strangely, returned half of it days later).
Just a year ago, this nightmare scenario was mostly theoretical. But the so-called 51% attack against Ethereum Classic was just the latest in a series of recent attacks on blockchains that have heightened the stakes for the nascent industry.
In total, hackers have stolen nearly $2 billion worth of cryptocurrency since the beginning of 2017, mostly from exchanges, and that’s just what has been revealed publicly. These are not just opportunistic lone attackers, either. Sophisticated cybercrime organizations are now doing it too: analytics firm Chainalysis recently said that just two groups, both of which are apparently still active, may have stolen a combined $1 billion from exchanges.
We shouldn’t be surprised. Blockchains are particularly attractive to thieves because fraudulent transactions can’t be reversed as they often can be in the traditional financial system. Besides that, we’ve long known that just as blockchains have unique security features, they have unique vulnerabilities. Marketing slogans and headlines that called the technology “unhackable” were dead wrong.
That’s been understood, at least in theory, since Bitcoin emerged a decade ago. But in the past year, amidst a Cambrian explosion of new cryptocurrency projects, we’ve started to see what this means in practice—and what these inherent weaknesses could mean for the future of blockchains and digital assets.
More and more security holes are appearing in cryptocurrency and smart contract platforms, and some are fundamental to the way they were built.
Early last month, the security team at Coinbase noticed something strange going on in Ethereum Classic, one of the cryptocurrencies people can buy and sell using Coinbase’s popular exchange platform. Its blockchain, the history of all its transactions, was under attack.
An attacker had somehow gained control of more than half of the network’s computing power and was using it to rewrite the transaction history. That made it possible to spend the same cryptocurrency more than once—known as “double spends.” The attacker was spotted pulling this off to the tune of $1.1 million. Coinbase claims that no currency was actually stolen from any of its accounts. But a second popular exchange, Gate.io, has admitted it wasn’t so lucky, losing around $200,000 to the attacker (who, strangely, returned half of it days later).
Just a year ago, this nightmare scenario was mostly theoretical. But the so-called 51% attack against Ethereum Classic was just the latest in a series of recent attacks on blockchains that have heightened the stakes for the nascent industry.
In total, hackers have stolen nearly $2 billion worth of cryptocurrency since the beginning of 2017, mostly from exchanges, and that’s just what has been revealed publicly. These are not just opportunistic lone attackers, either. Sophisticated cybercrime organizations are now doing it too: analytics firm Chainalysis recently said that just two groups, both of which are apparently still active, may have stolen a combined $1 billion from exchanges.
We shouldn’t be surprised. Blockchains are particularly attractive to thieves because fraudulent transactions can’t be reversed as they often can be in the traditional financial system. Besides that, we’ve long known that just as blockchains have unique security features, they have unique vulnerabilities. Marketing slogans and headlines that called the technology “unhackable” were dead wrong.
That’s been understood, at least in theory, since Bitcoin emerged a decade ago. But in the past year, amidst a Cambrian explosion of new cryptocurrency projects, we’ve started to see what this means in practice—and what these inherent weaknesses could mean for the future of blockchains and digital assets.
[...]
Fonte: aqui
20 junho 2019
Discussão sem fim: conceito de passivo
Pelo visto, a nova estrutura conceitual Iasb-Fasb não foi suficiente. O FASB, que possui o melhor padrão do mundo, continua discutindo o conceito de passivo. Desde 2017 e ainda não acabou. Segundo uma reunião de fevereiro de 2019 (divulgado agora):
The Board continued its discussion of the definition of a liability. The Board decided that:
All present obligations to transfer assets and obligations to deliver shares sufficient in number to satisfy a determinable or defined obligation should meet the definition of a liability.
An analysis discussing the measurement of obligations to issue a fixed number of shares is unnecessary for the Board to deliberate on in the elements phase.
Além disto, o Fasb decidiu por uma divisão da terminologia das medidas de mensuração diferente do Iasb.
There are three categories of initial measurement:
Entry price
Exit price
Estimated future cash flows.
Exit price is appropriate as an initial carrying amount of an asset when the subsequent measure of the asset will be at exit price.
For transactions in which something other than cash is exchanged, the initial measure of an asset may be based on the exit price for the asset transferred.
The overall objective in identifying costs to be included in the initial carrying amount of an asset at entry price should be to capture the costs incurred to bring the asset to the location and condition necessary for it to be capable of operation.
The following categories help identify the types of costs that should be included in an initial carrying amount consistent with the objective described in (4):
Government-imposed charges
Costs of services related to the acquisition of the asset and readying the asset for use
Costs to participate in the market for the asset.
Gains and losses on cash flow hedges are neither part of the entry price of assets nor a cost to be included in initial carrying amounts of assets based on the objective and categories described in (4) and (5), respectively.
The Board directed the staff to develop a revised project plan to address the elements of financial statements (which are currently defined in FASB Concepts Statement No. 6, Elements of Financial Statements) concurrently with presentation and measurement concepts.
The Board continued its discussion of the definition of a liability. The Board decided that:
All present obligations to transfer assets and obligations to deliver shares sufficient in number to satisfy a determinable or defined obligation should meet the definition of a liability.
An analysis discussing the measurement of obligations to issue a fixed number of shares is unnecessary for the Board to deliberate on in the elements phase.
Além disto, o Fasb decidiu por uma divisão da terminologia das medidas de mensuração diferente do Iasb.
There are three categories of initial measurement:
Entry price
Exit price
Estimated future cash flows.
Exit price is appropriate as an initial carrying amount of an asset when the subsequent measure of the asset will be at exit price.
For transactions in which something other than cash is exchanged, the initial measure of an asset may be based on the exit price for the asset transferred.
The overall objective in identifying costs to be included in the initial carrying amount of an asset at entry price should be to capture the costs incurred to bring the asset to the location and condition necessary for it to be capable of operation.
The following categories help identify the types of costs that should be included in an initial carrying amount consistent with the objective described in (4):
Government-imposed charges
Costs of services related to the acquisition of the asset and readying the asset for use
Costs to participate in the market for the asset.
Gains and losses on cash flow hedges are neither part of the entry price of assets nor a cost to be included in initial carrying amounts of assets based on the objective and categories described in (4) and (5), respectively.
The Board directed the staff to develop a revised project plan to address the elements of financial statements (which are currently defined in FASB Concepts Statement No. 6, Elements of Financial Statements) concurrently with presentation and measurement concepts.
Criptomoedas são inúteis
De acordo com o Professor de Criptografia de Harvard Bruce Schneier, as criptomoedas são inúteis:
Cryptocurrency is useless to anyone other than nefarious groups or individuals trying to move money without being noticed by the government. This is apparently the cutting-edge opinion of Harvard University cryptographer and technology researcher Bruce Schneier.
Citing a series of regularly discredited and debunked talking points, Schneier believes that the aims of Bitcoin according to its original whitepaper have been defeated by the reality of its deployment, which means that in addition to being operationally difficult and risky, it also fails to deliver on its basic premise, which essentially renders it useless
While the other criticisms may have had some measure of technical accuracy, Schneier also cites the hackneyed “crypto-mining-uses-vast-amount-of-energy” argument to back up his belief that cryptocurrency is pointless. According to him – you’ve certainly never heard this before – it constitutes a large environmental hazard due to the amount of energy it consumes.
Schneier argues that bitcoin transaction charges such as processing fees are hidden, unlike bank charges which can be easily calculated. Where he gets the impression that crypto transaction fees are hidden is anyone’s guess at this point, but it certainly makes a good – if inaccurate – talking point.
He also says that automated systems cannot be fully trusted and human input will always be better, adding that blockchain technology is only theoretically trustless. Practically, he says, crypto users still have to trust cryptocurrency exchanges and wallets when they trade or otherwise make transactions. Unsurprisingly, no mention is made of decentralised exchanges, which apparently are not good talking points for the purpose of Schneier’s polemic.
Rounding up his attack on cryptocurrencies, Schneier states that blockchain immutability is a problem because in the event of a mistake, “all of your life savings could be gone.” In his view, cryptocurrency is inherently useless and not needed.
Citing a series of regularly discredited and debunked talking points, Schneier believes that the aims of Bitcoin according to its original whitepaper have been defeated by the reality of its deployment, which means that in addition to being operationally difficult and risky, it also fails to deliver on its basic premise, which essentially renders it useless
Expanding further on this point he says:
“If your bitcoin exchange gets hacked, you lose all of your money. If your bitcoin wallet gets hacked, you lose all of your money. If you forget your login credentials, you lose all of your money. If there’s a bug in the code of your smart contract, you lose all of your money. If someone successfully hacks the blockchain security, you lose all of your money. In many ways, trusting technology is harder than trusting people. Would you rather trust a human legal system or the details of some computer code you don’t have the expertise to audit?
Schneier argues that bitcoin transaction charges such as processing fees are hidden, unlike bank charges which can be easily calculated. Where he gets the impression that crypto transaction fees are hidden is anyone’s guess at this point, but it certainly makes a good – if inaccurate – talking point.
He also says that automated systems cannot be fully trusted and human input will always be better, adding that blockchain technology is only theoretically trustless. Practically, he says, crypto users still have to trust cryptocurrency exchanges and wallets when they trade or otherwise make transactions. Unsurprisingly, no mention is made of decentralised exchanges, which apparently are not good talking points for the purpose of Schneier’s polemic.
Rounding up his attack on cryptocurrencies, Schneier states that blockchain immutability is a problem because in the event of a mistake, “all of your life savings could be gone.” In his view, cryptocurrency is inherently useless and not needed.
19 junho 2019
Auditoria de Criptmoeda - Parte 2
A PwC anunciou a criação de um software para a auditoria de criptmoeda. Mas tem um grande limitação no uso desse software, conforme a própria PwC:
“Nossa capacidade de auditar uma entidade envolvida em atividades de criptomoeda é muito influenciada pelo ambiente de controle de nossos clientes e, nesse estágio, pela amplitude de tokens suportados por nosso software Halo. Essas considerações serão fundamentais para determinar se nos sentimos confortáveis em aceitar um compromisso de auditoria”.
“Nossa capacidade de auditar uma entidade envolvida em atividades de criptomoeda é muito influenciada pelo ambiente de controle de nossos clientes e, nesse estágio, pela amplitude de tokens suportados por nosso software Halo. Essas considerações serão fundamentais para determinar se nos sentimos confortáveis em aceitar um compromisso de auditoria”.
Parece que a PwC está muito mais interessada em surfar na onda das criptmoedas e do bitcoin. A competição, busca por inovação e marketing faz parte dos negócios. Como tem muito gente falando dessa tema, a PwC logo tratou de anunciar uma solução para o tema.
Eu tenho a mesma opinião do professor de criptografia de Harvard Bruce Schneier:
“If your bitcoin exchange gets hacked, you lose all of your money. If your bitcoin wallet gets hacked, you lose all of your money. If you forget your login credentials, you lose all of your money. If there’s a bug in the code of your smart contract, you lose all of your money. If someone successfully hacks the blockchain security, you lose all of your money. In many ways, trusting technology is harder than trusting people. Would you rather trust a human legal system or the details of some computer code you don’t have the expertise to audit?
Ou seja, blockchain e bitcoin são inúteis.
Ou seja, blockchain e bitcoin são inúteis.
Nasa acusada de manipular custos
Pense em uma entidade confiável. Nasa? Não mais. A entidade responsável pelo programa espacial dos Estados Unidos pretendia levar astronauta à Lua novamente em 2024 (ou até 2024). Mas uma reportagem do Washington Post descobriu que a entidade tem problemas graves. Um relatório de prestação de contas do governo dos EUA mostrou que o custo real do programa foi manipulado na sua contabilização. Além de falta de transparência sobre os voos tripulados. Na realidade, o GAO, que fez o documento sobre a NASA, afirma que não é possível saber o custo do programa.
Apesar do atraso no programa, a Nasa continuou pagando "prêmios" para Boeing, principal fornecedora do foguete, relacionada com o desempenho. Ou seja, a Boeing atrasou o programa e sua avaliação não mudou.
Uma estimativa do custo do programa: entre 20 a 30 bilhões de dólares em cinco anos. Mas o custo do foguete, a parte mais importante do programa, não é conhecido, segundo o GAO
Apesar do atraso no programa, a Nasa continuou pagando "prêmios" para Boeing, principal fornecedora do foguete, relacionada com o desempenho. Ou seja, a Boeing atrasou o programa e sua avaliação não mudou.
Uma estimativa do custo do programa: entre 20 a 30 bilhões de dólares em cinco anos. Mas o custo do foguete, a parte mais importante do programa, não é conhecido, segundo o GAO
Auditoria de Criptomoeda
Ontem tivemos uma postagem do Pedro Correia sobre a inutilidade do Blochain. Hoje, a PwC anuncia uma solução para auditoria de transações com criptomoeda. A empresa tem um conjunto de ferramentas de auditoria que chamou de "Halo". Agora, entre as soluções, a ferramenta é capaz de
(1) provide independent, substantive evidence of the “private key and public address pairing” which is one of the pieces needed to establish ownership of cryptocurrency
(2) securely interrogate the blockchain to independently and reliably gather corroborating information about blockchain transactions and balances.
(1) provide independent, substantive evidence of the “private key and public address pairing” which is one of the pieces needed to establish ownership of cryptocurrency
(2) securely interrogate the blockchain to independently and reliably gather corroborating information about blockchain transactions and balances.
Caixa-preta do BNDES
A controversa demissão de Joaquim Levy da presidência do BNDES tem um motivo, segundo o presidente da república: a falta de evidenciação. Relatos indicam que Levy recebeu do presidente a missão de "abrir a caixa-preta" do BNDES. Em termos práticos, a investigação de operações de financiamentos do banco desde 2003 a 2016. Alguns meses antes, o ex-presidente do BNDES tinha afirmado que a entidade era a mais transparente do mundo. Assim, há controvérsias sobre a existência ou não de transparência na instituição.
Talvez a questão passe pela missão do BNDES. Durante os governos Lula e Dilma a entidade tinha objetivo de ajudar no crescimento do país. Eis uma discussão interessante da Época Negócios sobre o assunto:
(...) Sob gestão petista, o governo federal repassou recursos volumosos ao BNDES para que ele pudesse ampliar seus empréstimos - isso era feito por meio da emissão de títulos públicos, o que implica em aumento da dívida.
Entre 2008 e 2014, por exemplo, foram injetados no banco R$ 416,1 bilhões com essa finalidade, além de mais R$ 24,7 bilhões com destinação específica para compra de ações da Petrobras com o objetivo de capitalizar a estatal.
O resultado foi que o BNDES atingiu recordes de desembolsos (crédito concedido), chegando ao recorde de R$ 190 bilhões em 2013. A partir de 2016, esses valores caíram bruscamente, ficando em R$ 69,3 bilhões em 2018.
O crescimento das operações veio acompanhado de alta nos resultados. Em valores atualizados pela inflação, o lucro anual do banco passou de uma média de R$ 2,7 bilhões entre 2001 e 2004 para R$ 11,7 bilhões entre 2005 e 2014. Desde 2015, tem ficado abaixo de R$ 7 bilhões, refletindo o enxugamento.
Muitas das operações realizadas durante esse boom dos governos do PT, porém, viraram alvo de questionamentos.
Algumas delas foram os empréstimos para obras realizadas por empreiteiras brasileiras no exterior, em países como Venezuela, Cuba e Moçambique. As dívidas não têm sido pagas - o débito dos três países por causa dos atrasos já soma mais de R$ 2 bilhões.
(...) Além das obras financiadas no exterior, outra fonte de polêmica sobre o BNDES durante os governos do PT foram os empréstimos para grandes empresas crescerem e se internacionalizarem - conhecida como política dos "campeões nacionais".
Entre elas, a processadora de carne JBS, cujos executivos confessaram em acordos de delação terem praticado corrupção, e a operadora de telefonia Oi, que passou por recuperação judicial.
Para completar, não havia transparência sobre essas operações, já que o BNDES alegava que isso violaria o sigilo bancário das empresas. No entanto, após grande pressão de órgãos de controle e da opinião pública, o banco foi obrigado a abrir seus dados a partir de 2015, ainda no governo Dilma.
Naquele ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o BNDES atendesse a uma solicitação do Tribunal de Contas da União (TCU) para detalhar operações financeiras de R$ 7,5 bilhões com o grupo JBS. Com a decisão, o banco passou a atender a todos os pedidos do órgão de controle.
Depois, criou em seu site uma área de transparência, em que detalha as operações, e publicou recentemente o Livro Verde, com um balanço de 340 páginas da sua atuação entre 2001 e 2016.
Nesse documento, o BNDES procurou também responder às críticas sobre o financiamento de obras em países alinhados ideologicamente com os governos do PT. O banco afirma que não financia obras, mas "exportações de serviços de engenharia" do Brasil, já que os recursos emprestados para governos estrangeiros só podem ser usados para pagar empresas brasileiras.
continue lendo aqui
Talvez a questão passe pela missão do BNDES. Durante os governos Lula e Dilma a entidade tinha objetivo de ajudar no crescimento do país. Eis uma discussão interessante da Época Negócios sobre o assunto:
(...) Sob gestão petista, o governo federal repassou recursos volumosos ao BNDES para que ele pudesse ampliar seus empréstimos - isso era feito por meio da emissão de títulos públicos, o que implica em aumento da dívida.
Entre 2008 e 2014, por exemplo, foram injetados no banco R$ 416,1 bilhões com essa finalidade, além de mais R$ 24,7 bilhões com destinação específica para compra de ações da Petrobras com o objetivo de capitalizar a estatal.
O resultado foi que o BNDES atingiu recordes de desembolsos (crédito concedido), chegando ao recorde de R$ 190 bilhões em 2013. A partir de 2016, esses valores caíram bruscamente, ficando em R$ 69,3 bilhões em 2018.
O crescimento das operações veio acompanhado de alta nos resultados. Em valores atualizados pela inflação, o lucro anual do banco passou de uma média de R$ 2,7 bilhões entre 2001 e 2004 para R$ 11,7 bilhões entre 2005 e 2014. Desde 2015, tem ficado abaixo de R$ 7 bilhões, refletindo o enxugamento.
Muitas das operações realizadas durante esse boom dos governos do PT, porém, viraram alvo de questionamentos.
Algumas delas foram os empréstimos para obras realizadas por empreiteiras brasileiras no exterior, em países como Venezuela, Cuba e Moçambique. As dívidas não têm sido pagas - o débito dos três países por causa dos atrasos já soma mais de R$ 2 bilhões.
(...) Além das obras financiadas no exterior, outra fonte de polêmica sobre o BNDES durante os governos do PT foram os empréstimos para grandes empresas crescerem e se internacionalizarem - conhecida como política dos "campeões nacionais".
Entre elas, a processadora de carne JBS, cujos executivos confessaram em acordos de delação terem praticado corrupção, e a operadora de telefonia Oi, que passou por recuperação judicial.
Para completar, não havia transparência sobre essas operações, já que o BNDES alegava que isso violaria o sigilo bancário das empresas. No entanto, após grande pressão de órgãos de controle e da opinião pública, o banco foi obrigado a abrir seus dados a partir de 2015, ainda no governo Dilma.
Naquele ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o BNDES atendesse a uma solicitação do Tribunal de Contas da União (TCU) para detalhar operações financeiras de R$ 7,5 bilhões com o grupo JBS. Com a decisão, o banco passou a atender a todos os pedidos do órgão de controle.
Depois, criou em seu site uma área de transparência, em que detalha as operações, e publicou recentemente o Livro Verde, com um balanço de 340 páginas da sua atuação entre 2001 e 2016.
Nesse documento, o BNDES procurou também responder às críticas sobre o financiamento de obras em países alinhados ideologicamente com os governos do PT. O banco afirma que não financia obras, mas "exportações de serviços de engenharia" do Brasil, já que os recursos emprestados para governos estrangeiros só podem ser usados para pagar empresas brasileiras.
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18 junho 2019
Petrobras não foi vítima
Muito antes da Petrobras reconhecer o problema de corrupção, uma investigação interna realizada na empresa já apontava operações suspeitas, informa a Reuters. A empresa descobriu em 2012 que estava pagando muito caro por produtos de petróleo. Um ano depois, alguns funcionários recomendaram a interrupção das transações com uma empresa em particular, a Seaview, que fazia regularmente esta operação. Mas as operações continuaram.
Segundo a investigação realizada agora, quatro grandes empresas de commodities do mundo - Vitol, Trafigura, Glencore e Mercuria - usavam a Seaview e outras empresas para pagar propinas para funcionários da Petrobras. As operações eram rotineiras entre 2011 e 2014 e ocorriam em Cingapura.
Anteriormente, a empresa alegou de forma sistemática que era “vítima” involuntária da corrupção. Muitos acreditaram nesta história (aqui também). Nas demonstrações de 2016 a empresa tentou reescrever a história do escândalo. Mas o fato de existir uma investigação interna que descobriu um problema de corrupção mostra que esta narrativa não convence, afirmou a Reuters.
In the first months of 2013, an internal debate emerged at Petrobras about whether to halt business with Seaview, according to the documents and the people. Petrobras declined to do so, they said, after some senior managers argued that the oil company could lose money by limiting the number of brokers it interacts with.
Segundo a investigação realizada agora, quatro grandes empresas de commodities do mundo - Vitol, Trafigura, Glencore e Mercuria - usavam a Seaview e outras empresas para pagar propinas para funcionários da Petrobras. As operações eram rotineiras entre 2011 e 2014 e ocorriam em Cingapura.
Anteriormente, a empresa alegou de forma sistemática que era “vítima” involuntária da corrupção. Muitos acreditaram nesta história (aqui também). Nas demonstrações de 2016 a empresa tentou reescrever a história do escândalo. Mas o fato de existir uma investigação interna que descobriu um problema de corrupção mostra que esta narrativa não convence, afirmou a Reuters.
In the first months of 2013, an internal debate emerged at Petrobras about whether to halt business with Seaview, according to the documents and the people. Petrobras declined to do so, they said, after some senior managers argued that the oil company could lose money by limiting the number of brokers it interacts with.
Blockchain é inútil
Ótimo artigo do professor Bruce Schneier, especialista em segurança digital e professor da Universidade de Harvard, sobre o Blockchain:
[...]
Much has been written about blockchains and how they displace, reshape, or eliminate trust. But when you analyze both blockchain and trust, you quickly realize that there is much more hype than value. Blockchain solutions are often much worse than what they replace.
What blockchain does is shift some of the trust in people and institutions to trust in technology. You need to trust the cryptography, the protocols, the software, the computers and the network. And you need to trust them absolutely, because they’re often single points of failure.
When that trust turns out to be misplaced, there is no recourse. If your bitcoin exchange gets hacked, you lose all of your money. If your bitcoin wallet gets hacked, you lose all of your money. If you forget your login credentials, you lose all of your money. If there’s a bug in the code of your smart contract, you lose all of your money. If someone successfully hacks the blockchain security, you lose all of your money. In many ways, trusting technology is harder than trusting people. Would you rather trust a human legal system or the details of some computer code you don’t have the expertise to audit?
Blockchain enthusiasts point to more traditional forms of trust—bank processing fees, for example—as expensive. But blockchain trust is also costly; the cost is just hidden. For bitcoin, that's the cost of the additional bitcoin mined, the transaction fees, and the enormous environmental waste.
Blockchain doesn’t eliminate the need to trust human institutions. There will always be a big gap that can’t be addressed by technology alone. People still need to be in charge, and there is always a need for governance outside the system. This is obvious in the ongoing debate about changing the bitcoin block size, or in fixing the DAO attackagainst Ethereum. There’s always a need to override the rules, and there’s always a need for the ability to make permanent rules changes. As long as hard forks are a possibility—that’s when the people in charge of a blockchain step outside the system to change it—people will need to be in charge.
Any blockchain system will have to coexist with other, more conventional systems. Modern banking, for example, is designed to be reversible. Bitcoin is not. That makes it hard to make the two compatible, and the result is often an insecurity. Steve Wozniak was scammed out of $70K in bitcoin because he forgot this.
These issues are not bugs in current blockchain applications, they’re inherent in how blockchain works. Any evaluation of the security of the system has to take the whole socio-technical system into account. Too many blockchain enthusiasts focus on the technology and ignore the rest.
To the extent that people don’t use bitcoin, it’s because they don’t trust bitcoin. That has nothing to do with the cryptography or the protocols. In fact, a system where you can lose your life savings if you forget your key or download a piece of malware is not particularly trustworthy. No amount of explaining how SHA-256 works to prevent double-spending will fix that.
Similarly, to the extent that people do use blockchains, it is because they trust them. People either own bitcoin or not based on reputation; that’s true even for speculators who own bitcoin simply because they think it will make them rich quickly. People choose a wallet for their cryptocurrency, and an exchange for their transactions, based on reputation. We even evaluate and trust the cryptography that underpins blockchains based on the algorithms’ reputation.
To see how this can fail, look at the various supply-chain security systems that are using blockchain. A blockchain isn’t a necessary feature of any of them. The reasons they’re successful is that everyone has a single software platform to enter their data in. Even though the blockchain systems are built on distributed trust, people don’t necessarily accept that. For example, some companies don’t trust the IBM/Maersk system because it’s not their blockchain.
Irrational? Maybe, but that’s how trust works. It can’t be replaced by algorithms and protocols. It’s much more social than that.
Still, the idea that blockchains can somehow eliminate the need for trust persists. Recently, I received an email from a company that implemented secure messaging using blockchain. It said, in part: “Using the blockchain, as we have done, has eliminated the need for Trust.” This sentiment suggests the writer misunderstands both what blockchain does and how trust works.
Do you need a public blockchain? The answer is almost certainly no. A blockchain probably doesn’t solve the security problems you think it solves. The security problems it solves are probably not the ones you have. (Manipulating audit data is probably not your major security risk.) A false trust in blockchain can itself be a security risk. The inefficiencies, especially in scaling, are probably not worth it. I have looked at many blockchain applications, and all of them could achieve the same security properties without using a blockchain—of course, then they wouldn’t have the cool name.
Honestly, cryptocurrencies are useless. They're only used by speculators looking for quick riches, people who don't like government-backed currencies, and criminals who want a black-market way to exchange money.
To answer the question of whether the blockchain is needed, ask yourself: Does the blockchain change the system of trust in any meaningful way, or just shift it around? Does it just try to replace trust with verification? Does it strengthen existing trust relationships, or try to go against them? How can trust be abused in the new system, and is this better or worse than the potential abuses in the old system? And lastly: What would your system look like if you didn’t use blockchain at all?
If you ask yourself those questions, it's likely you'll choose solutions that don't use public blockchain. And that'll be a good thing—especially when the hype dissipates.
[...]
Much has been written about blockchains and how they displace, reshape, or eliminate trust. But when you analyze both blockchain and trust, you quickly realize that there is much more hype than value. Blockchain solutions are often much worse than what they replace.
[...]
When that trust turns out to be misplaced, there is no recourse. If your bitcoin exchange gets hacked, you lose all of your money. If your bitcoin wallet gets hacked, you lose all of your money. If you forget your login credentials, you lose all of your money. If there’s a bug in the code of your smart contract, you lose all of your money. If someone successfully hacks the blockchain security, you lose all of your money. In many ways, trusting technology is harder than trusting people. Would you rather trust a human legal system or the details of some computer code you don’t have the expertise to audit?
Blockchain enthusiasts point to more traditional forms of trust—bank processing fees, for example—as expensive. But blockchain trust is also costly; the cost is just hidden. For bitcoin, that's the cost of the additional bitcoin mined, the transaction fees, and the enormous environmental waste.
Blockchain doesn’t eliminate the need to trust human institutions. There will always be a big gap that can’t be addressed by technology alone. People still need to be in charge, and there is always a need for governance outside the system. This is obvious in the ongoing debate about changing the bitcoin block size, or in fixing the DAO attackagainst Ethereum. There’s always a need to override the rules, and there’s always a need for the ability to make permanent rules changes. As long as hard forks are a possibility—that’s when the people in charge of a blockchain step outside the system to change it—people will need to be in charge.
Any blockchain system will have to coexist with other, more conventional systems. Modern banking, for example, is designed to be reversible. Bitcoin is not. That makes it hard to make the two compatible, and the result is often an insecurity. Steve Wozniak was scammed out of $70K in bitcoin because he forgot this.
[..]
These issues are not bugs in current blockchain applications, they’re inherent in how blockchain works. Any evaluation of the security of the system has to take the whole socio-technical system into account. Too many blockchain enthusiasts focus on the technology and ignore the rest.
To the extent that people don’t use bitcoin, it’s because they don’t trust bitcoin. That has nothing to do with the cryptography or the protocols. In fact, a system where you can lose your life savings if you forget your key or download a piece of malware is not particularly trustworthy. No amount of explaining how SHA-256 works to prevent double-spending will fix that.
Similarly, to the extent that people do use blockchains, it is because they trust them. People either own bitcoin or not based on reputation; that’s true even for speculators who own bitcoin simply because they think it will make them rich quickly. People choose a wallet for their cryptocurrency, and an exchange for their transactions, based on reputation. We even evaluate and trust the cryptography that underpins blockchains based on the algorithms’ reputation.
To see how this can fail, look at the various supply-chain security systems that are using blockchain. A blockchain isn’t a necessary feature of any of them. The reasons they’re successful is that everyone has a single software platform to enter their data in. Even though the blockchain systems are built on distributed trust, people don’t necessarily accept that. For example, some companies don’t trust the IBM/Maersk system because it’s not their blockchain.
Irrational? Maybe, but that’s how trust works. It can’t be replaced by algorithms and protocols. It’s much more social than that.
Still, the idea that blockchains can somehow eliminate the need for trust persists. Recently, I received an email from a company that implemented secure messaging using blockchain. It said, in part: “Using the blockchain, as we have done, has eliminated the need for Trust.” This sentiment suggests the writer misunderstands both what blockchain does and how trust works.
Do you need a public blockchain? The answer is almost certainly no. A blockchain probably doesn’t solve the security problems you think it solves. The security problems it solves are probably not the ones you have. (Manipulating audit data is probably not your major security risk.) A false trust in blockchain can itself be a security risk. The inefficiencies, especially in scaling, are probably not worth it. I have looked at many blockchain applications, and all of them could achieve the same security properties without using a blockchain—of course, then they wouldn’t have the cool name.
Honestly, cryptocurrencies are useless. They're only used by speculators looking for quick riches, people who don't like government-backed currencies, and criminals who want a black-market way to exchange money.
To answer the question of whether the blockchain is needed, ask yourself: Does the blockchain change the system of trust in any meaningful way, or just shift it around? Does it just try to replace trust with verification? Does it strengthen existing trust relationships, or try to go against them? How can trust be abused in the new system, and is this better or worse than the potential abuses in the old system? And lastly: What would your system look like if you didn’t use blockchain at all?
If you ask yourself those questions, it's likely you'll choose solutions that don't use public blockchain. And that'll be a good thing—especially when the hype dissipates.
Fonte: aqui
Retorno para Tudo
Uma das premissas do processo de avaliação é usar dados previstos. Entretanto, é muito difícil prever o futuro. Por este motivo, muitas previsões realizadas nas avaliações utilizam dos dados passados, partindo da suposição de que o futuro é uma repetição da história. Obviamente não é preciso alertar para a chance da previsão estar errada em razão desta suposição.
Mas o analista não tem muita alternativa disponível. Em certos laudos, é importante estar sustentado em algo mais “objetivo”, como são os dados passados. Por este motivo, é sempre bom estar atento as pesquisas históricas que possam ajudar nos argumentos utilizados nas avaliações.
Uma pesquisa recente utilizou dados de 1870 até 2015 para calcular alguns dos parâmetros mais importantes para a avaliação. Pesquisadores dos Estados Unidos e da Alemanha reconstituíram o que ocorreu com o retorno de ativos de algumas das economias desenvolvidas. E pela primeira vez eles incluíram o retornos dos imóveis residenciais em um cálculo tão longo. Além disto, também calcularam o retorno das ações, dos títulos do governo e dos títulos de curto prazo. Estes dois últimos foram considerados como investimentos “sem risco”; imóveis e ações foram classificados como investimentos “com risco”.
Os países que foram investigados: Alemanha, Austrália, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Itália, Japão, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça.
Os achados são interessantes e um deles indica que o retorno obtido com imóveis é aproximadamente o mesmo do retorno com o mercado acionário, algo em torno de 7%. Veja no gráfico abaixo que a linha verde (retorno de imóveis) acompanha o retorno do mercado de ações, mas com uma importante diferença: é menos volátil. Ou seja, no longo prazo, quem investiu em imóveis obteve o mesmo retorno, com menor risco. A pesquisa aponta, no entanto, que esta regra tem exceções: em alguns países as ações tiveram um desempenho melhor. Além disto, a diversificação com imóveis é mais difícil, já que o custo de transação é maior e a liquidez é menor. Mas os autores observam que a correlação mundial do investimento em ações é cada vez maior, reduzindo o ganho com a diversificação
Ao comparar os dois tipos de investimentos “seguros”, a pesquisa encontrou que o retorno destes títulos são mais voláteis no curto prazo. Em tempos de paz, o retorno dos ativos seguros esteve entre 1 a 3%. Assim, uma comparação usando o trade-off risco e retorno mostra que os investimentos “seguros” são ruins: são famosos por serem sem risco, mas não o são; e possuem um retorno baixo, típico de investimento sem risco. Esta equação termina ser boa para as finanças públicas dos países, como chamam a atenção a pesquisa, pois é possível lançar um título com baixo rendimento, sem ter baixo risco.
A comparação entre estes dois tipos de investimento - com e sem risco - resulta no prêmio pelo risco. Os autores encontraram que em média o prêmio foi entre 4 a 5% nos tempos de paz. Este prêmio cresceu substancialmente no período após as duas guerras, mas nos anos recentes esteve abaixo dos 4%.
Baseado nesta série histórica, uma boa estimativa para os parâmetros usados no cálculo do retorno esperado é a seguinte: Rf = 1 a 3%; Rm = 7%.
Jordà, Òscar et al. The Rate of Return on Everything, 1870–2015 December 2017 Working Paper.
Mas o analista não tem muita alternativa disponível. Em certos laudos, é importante estar sustentado em algo mais “objetivo”, como são os dados passados. Por este motivo, é sempre bom estar atento as pesquisas históricas que possam ajudar nos argumentos utilizados nas avaliações.
Uma pesquisa recente utilizou dados de 1870 até 2015 para calcular alguns dos parâmetros mais importantes para a avaliação. Pesquisadores dos Estados Unidos e da Alemanha reconstituíram o que ocorreu com o retorno de ativos de algumas das economias desenvolvidas. E pela primeira vez eles incluíram o retornos dos imóveis residenciais em um cálculo tão longo. Além disto, também calcularam o retorno das ações, dos títulos do governo e dos títulos de curto prazo. Estes dois últimos foram considerados como investimentos “sem risco”; imóveis e ações foram classificados como investimentos “com risco”.
Os países que foram investigados: Alemanha, Austrália, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Itália, Japão, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça.
Os achados são interessantes e um deles indica que o retorno obtido com imóveis é aproximadamente o mesmo do retorno com o mercado acionário, algo em torno de 7%. Veja no gráfico abaixo que a linha verde (retorno de imóveis) acompanha o retorno do mercado de ações, mas com uma importante diferença: é menos volátil. Ou seja, no longo prazo, quem investiu em imóveis obteve o mesmo retorno, com menor risco. A pesquisa aponta, no entanto, que esta regra tem exceções: em alguns países as ações tiveram um desempenho melhor. Além disto, a diversificação com imóveis é mais difícil, já que o custo de transação é maior e a liquidez é menor. Mas os autores observam que a correlação mundial do investimento em ações é cada vez maior, reduzindo o ganho com a diversificação
Ao comparar os dois tipos de investimentos “seguros”, a pesquisa encontrou que o retorno destes títulos são mais voláteis no curto prazo. Em tempos de paz, o retorno dos ativos seguros esteve entre 1 a 3%. Assim, uma comparação usando o trade-off risco e retorno mostra que os investimentos “seguros” são ruins: são famosos por serem sem risco, mas não o são; e possuem um retorno baixo, típico de investimento sem risco. Esta equação termina ser boa para as finanças públicas dos países, como chamam a atenção a pesquisa, pois é possível lançar um título com baixo rendimento, sem ter baixo risco.
A comparação entre estes dois tipos de investimento - com e sem risco - resulta no prêmio pelo risco. Os autores encontraram que em média o prêmio foi entre 4 a 5% nos tempos de paz. Este prêmio cresceu substancialmente no período após as duas guerras, mas nos anos recentes esteve abaixo dos 4%.
Baseado nesta série histórica, uma boa estimativa para os parâmetros usados no cálculo do retorno esperado é a seguinte: Rf = 1 a 3%; Rm = 7%.
Jordà, Òscar et al. The Rate of Return on Everything, 1870–2015 December 2017 Working Paper.
17 junho 2019
KPMG multada em US$ 50 milhões
Segundo o Wall Street Journal (WSJ), a KPMG LLP concordou em pagar à Securities and Exchange Commission (SEC) uma multa de US$ 50 milhões relacionada a alegações de que ex-funcionários conseguiram dar uma “olhadinha” nos planos dos reguladores de inspecionar seus trabalhos e auditores da empresa fraudaram provas de treinamento interno.
Em março, um ex-sócio da KPMG foi condenado por estar envolvido em esforços para roubar informações confidenciais, a fim de ajudar a empresa a parecer melhor ao Conselho de Supervisão Contábil das Companhias Abertas (Public Company Accounting Oversight Board), que regulamenta as empresas de auditoria. A SEC afirmou que ex-integrantes da alta patente da KPMG, responsáveis pelo controle de qualidade da empresa, obtiveram e usaram indevidamente informações confidenciais que pertenciam ao conselho contábil. Segundo a SEC, os funcionários da KPMG procuraram as informações porque a empresa havia ido mal nas investigações anteriores e queriam melhorar os seus resultados.
Funcionários da KPMG também fraudaram exames internos destinados a testar conhecimentos sobre uma variedade de princípios contábeis e outros tópicos. Os profissionais compartilhavam as questões entre si, enviando as respostas principalmente por e-mail.
Além da penalidade, a KPMG concordou em avaliar suas práticas de ética e integridade, identificar auditores que violaram as regras em conexão com os exames nos últimos três anos e contratar um consultor para avaliar os controles de ética e integridade da empresa, segundo a SEC.
A multa de US $ 50 milhões é uma das maiores já impostas a um auditor em uma ação da SEC.
Em março, um ex-sócio da KPMG foi condenado por estar envolvido em esforços para roubar informações confidenciais, a fim de ajudar a empresa a parecer melhor ao Conselho de Supervisão Contábil das Companhias Abertas (Public Company Accounting Oversight Board), que regulamenta as empresas de auditoria. A SEC afirmou que ex-integrantes da alta patente da KPMG, responsáveis pelo controle de qualidade da empresa, obtiveram e usaram indevidamente informações confidenciais que pertenciam ao conselho contábil. Segundo a SEC, os funcionários da KPMG procuraram as informações porque a empresa havia ido mal nas investigações anteriores e queriam melhorar os seus resultados.
Funcionários da KPMG também fraudaram exames internos destinados a testar conhecimentos sobre uma variedade de princípios contábeis e outros tópicos. Os profissionais compartilhavam as questões entre si, enviando as respostas principalmente por e-mail.
Além da penalidade, a KPMG concordou em avaliar suas práticas de ética e integridade, identificar auditores que violaram as regras em conexão com os exames nos últimos três anos e contratar um consultor para avaliar os controles de ética e integridade da empresa, segundo a SEC.
A multa de US $ 50 milhões é uma das maiores já impostas a um auditor em uma ação da SEC.
16 junho 2019
Previsão de Falência via Accrual
Resumo:
Financial information has been widely used to design bankruptcy prediction models. All research works that have studied such models assume that financial statements are reliable. However, reality is a bit different. Indeed, firms may tend to present their financial accounts depending on particular circumstances, especially when seeking to change the perception of the risk incurred by their partners, and thus distort or alter some of them. Consequently, one may wonder to what extent such “manipulations”, called earnings management, may influence any model that relies on accounting data. This is why we study how earnings management may affect financial variables and how it can indirectly distort predictions made by failure models. For this purpose, we used a measure that makes it possible to assess potential account manipulations, and not effective manipulations. Our results show that when these distortions are measured and used with other financial variables, models are more accurate than those that solely rely on pure financial data. They also show that the improvement of model accuracy is essentially due to a reduction of type-I error—the costliest error in economic terms.
fONTE: du Jardin, P., Veganzones, D. & Séverin, E. Comput Econ (2019) 54: 7. https://doi.org/10.1007/s10614-017-9681-9
Financial information has been widely used to design bankruptcy prediction models. All research works that have studied such models assume that financial statements are reliable. However, reality is a bit different. Indeed, firms may tend to present their financial accounts depending on particular circumstances, especially when seeking to change the perception of the risk incurred by their partners, and thus distort or alter some of them. Consequently, one may wonder to what extent such “manipulations”, called earnings management, may influence any model that relies on accounting data. This is why we study how earnings management may affect financial variables and how it can indirectly distort predictions made by failure models. For this purpose, we used a measure that makes it possible to assess potential account manipulations, and not effective manipulations. Our results show that when these distortions are measured and used with other financial variables, models are more accurate than those that solely rely on pure financial data. They also show that the improvement of model accuracy is essentially due to a reduction of type-I error—the costliest error in economic terms.
fONTE: du Jardin, P., Veganzones, D. & Séverin, E. Comput Econ (2019) 54: 7. https://doi.org/10.1007/s10614-017-9681-9
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