Resumo:
Como mostra a análise comparativa feita neste volume, a produtividade do trabalho brasileira é baixa em comparação com os países desenvolvidos e mesmo em relação a alguns países da América Latina, como o Chile. Além disso, após um período de convergência para a produtividade dos Estados Unidos no pós-guerra, a produtividade brasileira cresceu pouco desde 1980, o que reverteu a trajetória de convergência para a fronteira tecnológica.
Conclusão:
Neste capítulo fizemos comparações internacionais de produtividade setorial e
analisamos em que medida a baixa produtividade brasileira em comparação com outros
países está associada a diferenças no nível de produtividade setorial ou na alocação
setorial do emprego. Os resultados mostram que a produtividade brasileira é bem mais
baixa que a dos países desenvolvidos nos três grandes setores: agropecuária, indústria e
serviços. Em particular, a produtividade dos Estados Unidos é cerca de 14 vezes maior
que a do Brasil na agropecuária, 5,7 vezes na indústria e 5,4 nos serviços. A distância
em relação à média dos países desenvolvidos é menor, mas ainda muito significativa,
com uma produtividade 5,3 vezes maior que a do Brasil na agropecuária, 2,7 vezes na
indústria e 3,0 nos serviços.A produtividade brasileira também é menor que a de países
com nível de renda per capita similar, especialmente no setor de serviços.
Fonte: O Brasil em comparações internacionais de produtividade: uma análise setorial
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