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15 maio 2019

Dinheiro e Futebol

Um texto muito interessante sobre o Fair Play Financeiro no futebol europeu foi publicado no site de futebol Trivela. O texto apresenta a possibilidade de dois clubes de futebol, o inglês Manchester City e o francês Paris SG, de serem punidos pela entidade de administra o futebol no continente, a UEFA. Uma diretoria da UEFA estaria estudando as contas dos clubes. Como ambos os clubes já tinham sido condenados anteriormente, uma segunda violação seria mais rigorosa.

Há dúvidas se haverá punição dado que os donos do City e do PSG são árabes com muita influencia política e no mundo do futebol. Onde entra a questão contábil? Em primeiro lugar, a base para a punição seriam as informações da contabilidade de cada clube. Em segundo, tudo leva a crer que algumas transações teriam sido infladas para burlar o Fair Play Financeiro.

Este Fair Play foi instituído pela UEFA para impedir que alguns clubes dominassem as competições pelo poder do dinheiro. Assim, alguns limites foram estabelecidos. Para burlar isto, tanto o City quanto o PSG teriam "registrado" na contabilidade patrocínios por um valor acima do mercado:

Um dos modos de violação cometidos pelo Manchester City seriam seus patrocínios, tanto na camisa quanto do nome do estádio, com a Etihad, empresa emiratense. Os valores teriam sido inflados para justificar o dinheiro ter entrado no clube e equilibrar as contas. (...) E-mails revelaram, por exemplo, que o patrocínio da Etihad ao Manchester City paga, na verdade, apenas 8 milhões de libras ao clube, e outros 59,9 milhões de libras são investidos pela ADUG, empresa de Mansur usada para comprar o City. Ou seja: uma forma de mascaram investimento como patrocínio. Segundo as regras da Uefa, o clube pode ser patrocinado por empresas ligadas aos seus donos, desde que os valores reflitam o valor de mercado. A revista Spiegel relatou que o clube fez várias manobras financeiras para driblar as violações da Uefa.

Um dos motivos da punição ao Manchester City, segundo informado pelo New York Times, seria justamente a apresentação de documentos falsificados pelo clube, tanto para autoridades inglesas quanto para a Uefa, sem efetivamente revelar os valores verdadeiros dos patrocínios.

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